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Eleições: R.I.R. espera conquistar "um cantinho no Parlamento"

O candidato do R.I.R Tino de Rans afirmou hoje esperar conquistar "um cantinho no Parlamento" para "defender as causas do povo cansado das plantas de estufa", mostrando-se, em tempo de vindimas, "confiante numa pinga boa".

Eleições: R.I.R. espera conquistar "um cantinho no Parlamento"
Notícias ao Minuto

18:16 - 23/09/19 por Lusa

Política Legislativas

"Tenho a certeza absoluta que o R.I.R. 2019 vai ser uma pinga boa, de `vintage´ para cima. Espero um cantinho no Parlamento. Somos humildes. Eu, que estou habituado a lidar com pedras, quero ser a pedra pequena que vai nivelar as duas grandes pedras que são o PS e o PSD, pedras que estão inclinados. Assim nivelamos a democracia", disse o Vitorino Silva, conhecido por Tino de Rans, líder do partido R.I.R. - Reagir Incluir e Reciclar.

A "jogar em casa", como foi repetindo ao longo do percurso, Tino de Rans percorreu hoje a rua de Santa Catarina, no Porto, onde apontou para espaços calcetados por si, entregou calendários com o logótipo do R.I.R. do tamanho de um 'cromo' da bola, tirou 'selfies' e deu beijinhos a todos quantos o solicitavam.

"Olha o Tino. Você está muito elegante", disse-lhe uma senhora à porta de uma loja, enquanto perto uma vendedora de castanhas lhe fazia queixas e os turistas perguntavam aos jornalistas de quem era aquela comitiva de cerca de duas dezenas de pessoas que, sem bandeiras nem megafones, fazia parar o comércio.

"Sou o Tino de Rans e estou a concorrer a deputado", explicou o próprio. "Venho aqui para ouvir o povo", acrescentou, antes de responder ao cumprimento de uma senhora de Resende que o convidou a visitar aquela vila do distrito de Viseu para provar as cerejas e as cavacas típicas.

"Vou com gosto que eu gosto mais de cavacas do que cavacos", respondeu Tino de Rans, antes de puxar de uns dos calendários e escrever o seu telemóvel direto. "Combinamos por este número que é como se fosse o do 112", acrescentou.

O líder do R.I.R. -- que teve 152 mil votos nas eleições Presidenciais, que quando questionado sobre se se define como um homem de Esquerda ou de Direita, responde que é "um candidato 360 graus" por ser "contra o radicalismo" e se identificar com uma "circunferência", figura geométrica que "não tem extremos" -- aproveitou para lamentar que "a 10 dias das eleições os flashes e os focos no partido só tenham começado agora".

"Defendemos a democracia e vou lutar tudo por tudo para que exista igualdade e não sejam só seis candidatos a debater. É uma vergonha. O Famalicão, vai em primeiro, e não pode jogar com o Benfica? Joga. Então porque é que eu não posso debater com o Costa ou com o Rio. Se eu fosse o Costa, o Rio ou a Catarina, o André ou o Jerónimo, tinha vergonha e dizia debates só com 21", criticou.

Quanto a percentagens, Tino de Rans, porque, afirmou, "nenhuma eleição é igual", não sabe se vai ter "mais ou menos" do que nas Presidenciais ou dos 1,21% que o R.I.R. alcançou domingo na Madeira, ficando à frente do PTP (1%) ou do Aliança (0,53%), mas mostra-se confiante.

"O que eu acho é que vou ter muito mais. No Porto tive 47 mil voto. O meu voto é na confiança e no protesto. Ninguém vota em mim por pena. O meu voto é arrancado a ferros. Sou uma planta silvestre, sou muitas vezes calcado, mas vergando levanto-me e o povo está cansado de plantas de estufa", apontou.

Esta convicção foi mostrada já no mercado temporário do Bolhão, entre bancas de pão, peixe e fruta, mais turistas, mais apertos de mão, e ao som de gritos como "olha o Tininho, o nosso Tino".

O candidato aproveitou ainda para fazer um apelo contra a abstenção, a qual do seu ponto de vista "só beneficia PS e PSD" e não virou costas a quem lhe disse de caras que não pretende votar no R.I.R.

"Ok, mas vai lá votar. Há espaço para todos. Tem é de se votar porque com pouco fazemos muito", concluiu.

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