"Investimento no ensino superior e ciência têm de ser uma prioridade"
O secretário-geral comunista criticou hoje a perpetuação da precariedade nas áreas do ensino superior, ciência e investigação, reclamando maior investimento do Estado naqueles setores, após um almoço com investigadores e bolseiros de especialidades diversas no Clube Estefânia, em Lisboa.
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Política Jerónimo de Sousa
"Repetimos em diversas ocasiões que a um posto de trabalho permanente tem de corresponder um vínculo efetivo, procurando assim inverter o caminho que o Governo e as instituições do ensino superior pretendem perpetuar - a docência e a produção científica com trabalhadores com vínculo precário e desvalorização salarial", disse Jerónimo de Sousa.
O líder comunista defendeu que "é preciso acabar com os falsos vínculos precários", cujo "número é escandalosamente alto" em termos de "investigadores e docentes do ensino superior e pessoal dos laboratórios do Estado".
Jerónimo de Sousa voltou a referir-se às últimas alterações à lei laboral, "executadas pelo PS, sempre com o aconchego de PSD e CDS" como "opções do PS encostar à direita" e deu como exemplo da "conceção do atual Governo em relação à precariedade", a "bitola" da "multa" para "todos os patrões que abusem da precariedade", mas, "feitas as contas, os patrões preferem pagar a taxa e manter os vínculos precários".
"O Governo do PS opta pela perpetuação das políticas de direita que desvalorizam a efetiva integração nas carreiras", lamentou, sublinhando a "falta de investimento no ensino superior público e na ciência, que tem de ser uma prioridade".
O secretário-geral comunista adiantou ainda que, através do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP), "dois anos depois de o Governo ter avançado com o processo, em junho, ainda só tinham sido formalizados 16 contratos de docentes e um investigador, segundo números dos sindicatos e da Associações dos Bolseiros de Investigação Científica".
"Só a revogação do estatuto de bolseiro de investigação e a substituição das bolsas por contratos de trabalho - com integração na carreira e valorização salarial - pode resolver os problemas de precariedade na ciência", defendeu.
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