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"Não ter noção da responsabilidade política é característica do Governo"

Manuel Ferreira defendeu que a anterior demissão no âmbito do caso das golas inflamáveis, do assessor de José Artur Neves, traduziu uma falta de noção relativamente ao que é responsabilidade política, o que considerou ser uma característica deste Governo.

"Não ter noção da responsabilidade política é característica do Governo"
Notícias ao Minuto

22:20 - 18/09/19 por Filipa Matias Pereira

Política Golas inflamáveis

Demitiu-se esta quarta-feira o secretário de Estado da Proteção civil, José Artur Neves, e o tema foi alvo de análise por Manuela Ferreira na Leite no seu habitual espaço de comentário na antena da TVI24. A ex-ministra comparou as golas antifumo inflamáveis a "porta-chaves" que eram dados em época de campanha.

Convidada a comentar a demissão de José Artur Neves no dia em que foram realizadas mais de meia centena de buscas no âmbito de uma investigação relativa às práticas enquadradas nos Programas 'Aldeia Segura', 'Pessoas Seguras' e 'Rede Automática de Avisos à População', a social-democrata recordou a sua análise na época em que o tema das golas dominou a atualidade nacional.

Por essa altura, Ferreira Leite salientou a "inoportunidade da decisão da distribuição das golas", equiparando-a a "brindes", já que foram distribuídas antes das eleições europeias. "Por estarem ornamentadas parecia que havia propaganda".

E a demissão, na altura, do assessor de José Artur Neves, Francisco Ferreira, foi classificada pela economista como "bizarra" e traduz o que é "não ter a noção da responsabilidade política". Um exemplo de uma atuação correta, considerou, foi a demissão do "Dr. Jorge Coelho [então ministro do Equipamento Social] quando a ponte [de Entre-os-Rios] caiu. Ele não teve culpa direta no assunto, mas assumiu o que é a responsabilidade política". Aliás, vincou, "não ter a noção do que é a responsabilidade política é uma característica deste Governo".

Neste caso, "o infeliz do assessor tratou de um assunto que lhe mandaram tratar. Se um assessor foi considerado responsável pelo assunto, havia ali uma responsabilidade política que nunca podia ser do assessor, deveria ser do Secretário de Estado ou até mesmo do ministro".

Recorde-se que na base das buscas levadas a cabo hoje estão suspeitas de fraude na obtenção de subsídio, de participação económica em negócio e de corrupção, segundo informou a Procuradoria-Geral da República (PGR).

As buscas decorreram em vários locais, incluindo o Ministério da Administração Interna, a Secretaria de Estado da Proteção Civil, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e Comandos Distritais de Operações de Socorro.

De salientar ainda que o caso das golas antifumo (golas que fazem parte do 'kit' distribuição à população no âmbito do programa "Aldeia Segura", "Pessoas seguras") levou o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, a abrir um inquérito sobre a contratação de "material de sensibilização para incêndios", a 27 de julho.

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