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Aliança quer plantar 25 milhões de árvores na próxima legislatura

A Aliança quer plantar 25 milhões de árvores em Portugal durante a próxima legislatura, porque considera a floresta uma das causas mais mobilizadoras, disse hoje o presidente do partido, Pedro Santana Lopes.

Aliança quer plantar 25 milhões de árvores na próxima legislatura
Notícias ao Minuto

12:50 - 17/09/19 por Lusa

Política Eleições

O líder da Aliança falava aos jornalistas no final de uma cerimónia de plantação de duas árvores no jardim Moinhos de Santana, em Lisboa, num ato que "simbolicamente" pretendeu alertar para a necessidade de preservar a floresta.

Em Lisboa foram plantados uma alfarrobeira e um freixo, árvores autóctones que se encontram na zona do Monsanto, perto do jardim onde ocorreu a iniciativa.

Esta plantação ocorreu igualmente "em todos os distritos e regiões", sendo a meta da Aliança a plantação de 25 milhões de árvores em todo o país durante a próxima legislatura.

Segundo Pedro Santana Lopes, "a floresta, juntamente com o mar e a ferrovia, são três causas que a Aliança chamou a atenção de uma forma muito especial" nesta pré-campanha eleitoral para as legislativas de 06 de outubro.

Ao longo destes dias, afiançou, o partido apresentou "propostas sérias para os problemas sérios que afligem as pessoas".

"Por isso falamos sobre a saúde, seguro de saúde para todos, medicamentos pagos a quem tem pensões mínimas.

E lamentou que no debate televisivo que segunda-feira juntou o Primeiro-Ministro, António Costa, e o líder do PSD, Rui Rio, a floresta não tenha sido um dos temas abordados.

"Temos uma das maiores manchas florestais da Europa, com cerca de três milhões de hectares, e precisamos de olhar para ela de outro modo. Falamos dela aquando dos incêndios, mas houve grandes incêndios há anos e o Plano Nacional de Reflorestação não está a ser levado a cabo", adiantou.

Ainda sobre o debate, Pedro Santana Lopes escusou-se a avaliar o desempenho dos participantes porque, "melhores ou piores, representam o triste sinal da democracia portuguesa, porque só são acessíveis a quem tem ´golden card`".

"Eu gostaria muito de ter debatido com qualquer um deles, mas mais com António Costa, sobre temas como o Serviço Nacional de Saúde", frisou.

E prosseguiu: "Quando António Costa diz que [o SNS] está melhor que há quatro anos, eu ia perguntar se ele sabe quanto tempo demora uma consulta de urologia em Vila Real ou uma consulta de oftalmologia no centro de Trás-os-Montes e Alto Douro ou quanto tempo demora um internamento ou as urgências nos hospitais principais de Lisboa e se sabe quanto tempo demora a marcar uma consulta para uma pessoa com esclerose múltipla, mesmo em Lisboa".

"António Costa diz que se orgulha da parte boa, mas a parte boa não foi ele que criou. O SNS é uma coisa boa como foi concebido, mas deram cabo dele e quem o degradou muito foi esta maioria, com as cativações que fez, algumas medidas que tomou e ao não acorrer aos sítios que revelavam manifesta falta de capacidade para responder às solicitações das pessoas", disse.

E aproveitou para desafiar António Costa a um debate a dois sobre o estado do SNS.

"Era um exemplo de democracia que ele dava" ao aceitar debater com "o líder de um partido não representado no parlamento que já foi primeiro-ministro e presidente da Câmara [Municipal de Lisboa]. Se me fizessem esse convite eu dizia logo aqui estou eu. Seria um exemplo de humildade democrática, de abertura de espírito. Se ele quiser é marcar o dia, o canal e até pode ser no youtube".

Questionado sobre os maus resultados do PSD apontados por algumas sondagens, Pedro Santana Lopes - que foi presidente do PSD entre novembro de 2004 a abril de 2005 -- disse que não se exulta com o mal dos outros.

No entanto, reconheceu que nesta corrida se disputam eleitores e que "a democracia é isso".

"Não quero o mal de ninguém, mas quero que a Aliança cresça. Se for à conta de outros partidos é-me indiferente. Sei, e dizem-me muito na rua, eleitores que foram de outros partidos de centro-direita, que não estão satisfeitos e é natural que votem na Aliança".

Pedro Santana Lopes preferia, contudo, que o partido crescesse com os 25% de indecisos ou com os 40% que se costumam abster.

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