"Optámos por uma campanha de rua a rua, de encontro com as pessoas, defendendo as nossas causas. Somos um partido que considera que tudo está interligado. A mensagem que transmitimos são as nossas causas sociais, continuamos com as causas que assistiram ao nosso nascimento: a causa animal", disse João Henriques Freitas, em declarações à agência Lusa.

De acordo com o advogado de profissão, a mensagem da campanha na Madeira passa igualmente por dizer ao eleitorado que "foi graças ao PAN que os outros partidos falam das alterações climáticas e dos animais" nos seus programas.

No entanto, João Henriques Freitas, disse "não acreditar na bondade" dos outros partidos ao incluírem as causas do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) nas suas campanhas, aconselhando o eleitorado madeirense a um voto no partido do qual é rosto na Madeira porque será um "voto útil" para a eleição de "um ou dois deputados".

"Temos quase a certeza que não vai haver uma maioria absoluta no arquipélago da Madeira e era importante ter novamente um partido verde no parlamento", afirmou, lembrando que, desde as eleições europeias em maio passado, há uma "maior recetividade das pessoas", que estão "mais despertas pelo facto de terem um voto que elegeu um eurodeputado" do PAN.

João Henriques de Freitas afirmou ainda que também os adversários já não veem o partido "como os maluquinhos dos animais", dado que já falam em "possíveis alianças" com o PAN.

"Quer dizer que algo de bom estamos a fazer. A sociedade revê-se nas nossas causas", afirmou.

Na Madeira, o Pessoas-Animais-Natureza não tem cartazes ou outdoors por causa do ambiente, nem tão pouco faz caravanas, conforme explicou o cabeça de lista, adiantando que todo o material distribuído é "ecológico e biodegradável".

O PAN conseguiu eleger em 2011 um deputado para a Assembleia da Madeira.

Em 2017, os órgãos do partido dissolveram esta força partidária na região.

Nas eleições europeias de 26 de maio deste ano, o partido arrecadou 3.681 votos na Madeira, sendo a quinta força política mais votada na região, posicionando-se à frente da CDU.

As eleições regionais legislativas da Madeira, onde os sociais-democratas governam com maioria absoluta, decorrem em 22 de setembro, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional: PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR.

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