"Nesta ação aqui no Porto Santo estamos em contactos diretos, em particular com as pessoas do interior da ilha, onde os problemas dos transportes e da mobilidade se fazem sentir. Onde, no fundo, a tripla insularidade acontece nesta ilha", disse o candidato à agência Lusa.

Segundo Edgar Silva, as "desigualdades sociais e territoriais fazem-se sentir de força muito expressiva" nas áreas mais periféricas do Porto Santo, como a Camacha, Pedregal, Serra de Fora e Serra de Dentro.

O candidato comunista frisou que as "populações que vivem mais afastada do centro nem dos transportes podem usufruir".

"E isto não acontece por acaso. Acontece porque os governantes, quer PSD, quer PS, não foram capazes de criar um conceito de serviço público" que sirva as zonas mais interiores da ilha, afirmou Edgar Silva, acrescentando que essas áreas não têm direito a transportes públicos porque "não são suficientemente lucrativas, não são rentáveis".

"Excluir dos transportes públicos os que vivem em zonas menos rentáveis é um conceito não só injusto como errado do que deve ser a prestação de serviço público", sublinhou.

Para resolver este problema, o candidato da CDU propõe uma "inversão orçamental" e uma "reinvenção do modelo de prioridades" de modo a que as "ultraperiferias não continuem em situações em que nem as migalhas do orçamento chegam a essas populações".

A CDU tem dois assentos no parlamento regional.

As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem em 22 de setembro, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.

PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.

Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta -- com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.