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Eleições: Beja perde eleitores mas volta a eleger três deputados

Apesar da "revolução agrícola" motivada pelo regadio do Alqueva, que tem atraído investimentos agroindustriais, o distrito de Beja perdeu habitantes, mas mantém o peso político e volta a eleger três deputados nas eleições legislativas de outubro.

Eleições: Beja perde eleitores mas volta a eleger três deputados
Notícias ao Minuto

09:15 - 09/09/19 por Lusa

Política Legislativas

Com 10.229 quilómetros quadrados, o distrito é o maior de Portugal em área e tinha em média no ano passado 141.897 habitantes distribuídos por 14 concelhos, segundo dados do portal de análise de dados estatísticos Eyedata.

O número significa uma perda de 10.861 habitantes desde o Censos de 2011, quando tinha 152.758.

Atualmente, após suspenso o recenseamento eleitoral e quando decorre um período de reclamações, há 123.032 eleitores inscritos no distrito, menos 5.894 do que os 128.926 registados no dia das legislativas de 2015, segundo dados do Ministério da Administração Interna.

No entanto, o distrito de Beja, o segundo de Portugal com menos eleitores, a seguir ao de Portalegre, ainda tem o número suficiente para continuar a eleger três deputados.

Nas anteriores legislativas, votaram no distrito 74.485 eleitores, 57,77% dos inscritos, o que corresponde a uma abstenção de 42,23%, tendo os três deputados sido distribuídos por PS, CDU e coligação PSD/CDS-PP.

O PS conquistou 37,29% dos votos e elegeu Pedro do Carmo; a CDU, que reúne PCP e PEV, conseguiu 24,96% e elegeu João Ramos, substituído por João Dias em 2018; e a coligação PSD/CDS-PP obteve 20,11% e elegeu Nilza de Sena.

Segundo dados do Eyedata, o concelho do distrito com mais população é o de Beja, com 33.677 habitantes (média em 2018), e o menos povoado é o de Barrancos, com 1.657 habitantes.

Comércio e serviços, agricultura e pecuária, construção, alojamento e restauração, indústria transformadora e administração pública são as principais atividades económicas do distrito, também marcado pela extração mineira, através da exploração das minas de Castro Verde e Aljustrel, onde trabalham cerca de 3.000 pessoas.

No distrito, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem era de 986 euros em 2016, 24,67 em cada 1.000 habitantes trabalhavam na administração pública em 2017 e 6,58% da população residente eram desempregados inscritos em 2018.

Em 2015, o poder de compra per capita situava-se nos 84,65 (para uma referência nacional de 100,22) e, em 2011, a percentagem de população com mais de 15 anos com pelo menos o ensino secundário era de 23,64% (contra os 30,53% nacionais).

água e o sistema de rega do projeto Alqueva motivaram uma "revolução agrícola" no distrito ao permitirem a conversão da agricultura de sequeiro para a de regadio e potenciarem investimentos agrícolas, como novas culturas, sobretudo olival e amendoal, e agroindustriais, como lagares de azeite.

Em abril de 2011, começou a operar o aeroporto de Beja, que custou 33 milhões de euros e chegou a ser encarado pela população como uma 'esperança' de desenvolvimento.

Contudo, o aeroporto está aquém das expectativas - tem estado praticamente vazio e sem voos e passageiros na maioria dos dias, quase servindo só para estacionamento e manutenção de aviões da companhia área Hi Fly.

Para já, o único grande investimento concreto no aeroporto é o da empresa Mesa, do grupo dono da Hi Fly, que está a construir um hangar para manutenção de aviões, num investimento de 30 milhões de euros e que deverá começar a funcionar em 2020 e criar 150 postos de trabalho.

O aproveitamento do aeroporto de Beja e a melhoria dos serviços públicos de saúde e das acessibilidades, sobretudo a conclusão das obras da A26/IP8 e a eletrificação dos troços ferroviários da Linha do Alentejo entre Casa Branca, Beja e Funcheira, são as principais reivindicações da população do distrito.

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