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Heloísa Apolónia consciente do risco, mas crente na eleição por Leiria

A dirigente de Os Verdes (PEV) Heloísa Apolónia mostrou-se consciente do risco de ficar fora do parlamento em outubro, ao concorrer por Leiria, mas crente na eleição num círculo em que a CDU está a "zeros" desde 1987.

Heloísa Apolónia consciente do risco, mas crente na eleição por Leiria
Notícias ao Minuto

06:41 - 29/08/19 por Lusa

Política Os Verdes

Em entrevista à agência Lusa, a cerca de um mês das eleições legislativas, a deputada rejeitou qualquer cenário de "castigo" ou de afastamento ponderado da Assembleia da República, após mais de 25 anos de presença no hemiciclo de São Bento, primeiro como assessora jurídica da bancada ecologista e, nas últimas sete legislaturas completas, como uma das principais tribunas do PEV.

"De maneira nenhuma [é um castigo], é uma aposta. Não. Esse é sempre o risco de concorrermos a eleições em qualquer um dos lugares, mas é um desafio. É um risco próprio da democracia", afirmou.

Há quatro anos, nas últimas legislativas, a Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV) foi a quarta força política mais votada em Leiria, com 5,1% (12.181 votos), logo atrás do BE (9,7% e 23.034 votos), que conseguiu assim um assento parlamentar.

"É um desafio, é assim mesmo que encaro, é uma aposta que a CDU faz no distrito de Leiria, com uma pessoa que tem uma vastíssima experiência parlamentar, que é - julgo poder dizê-lo - uma voz ouvida na Assembleia da República. A proposta que faço aos eleitores do distrito de Leiria é que deem o seu voto à CDU porque daí resultará a eleição de uma deputada ecologista, promover-se-á o reforço do grupo parlamentar de ?Os Verdes' e aumentar-se-á a capacidade de trabalho de um grupo parlamentar na sua dinâmica de intervenção, o que me parece bastante positivo", desejou.

Heloísa Apolónia assegurou que, se for eleita, "decisão" que compete "aos cidadãos do distrito de Leiria", terá "uma responsabilidade muito direta de um maior acompanhamento das questões territoriais e preocupações das populações no distrito de Leiria, como já aconteceu com as questões da linha [ferroviária] do Oeste, da lagoa de Óbidos ou dos incêndios no pinhal interior norte, por exemplo.

"Isso depois se verá. Não pensei sobre isso. Não, a intervenção política, de certeza que não abandono. Comecei muito nova, talvez com 17,18 anos, vem daí a minha ligação aos ?Verdes'. Considero que este projeto ecologista é essencial na nossa sociedade. Temos feito um trabalho de desbravar caminho, de abrir sensibilidades e consciências, de apresentar propostas muito concretas. A atividade de intervenção política, de participação neste projeto, seja em que dimensão for, julgo que nunca vou abandonar", prometeu, garantindo que ainda não pensou em ocupação profissional em caso de não eleição.

A nível nacional, em 2015, a CDU foi a quarta força política mais votada, com 8,25% (445.980 votos), sendo que PSD e CDS-PP também concorreram coligados, e alcançou 17 mandatos na Assembleia da República.

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