Centeno "tem de assinar as autorizações de despesa para o SNS"
"É preciso recuperar os rendimentos mas é preciso também fazer um investimento público nos serviços essenciais", reiterou a coodenadora do Bloco de Esquerda.
© Presidência da República
Política Catarina Martins
Catarina Martins falou aos jornalistas, durante uma visita à Feira de Espinho, onde ressalvou a necessidade de "fazer um investimento público nos serviços essenciais", lançando ainda um apelo ao ministro das Finanças Mário Centeno: "Assine as autorizações de despesa que tem na sua secretária para o Serviço Nacional de Saúde. Existe disponibilidade orçamental [...] o SNS não pode ficar à espera".
A coordenadora do Bloco de Esquerda referiu, esta segunda-feira, que em Portugal "houve a força à Esquerda para uma maioria parlamentar que recuperou salários e pensões", acrescentando que não foi "tanto como este país precisa porque as pessoas ainda trabalham tanto por tão pouco salário e há quem tenha trabalhado toda a vida tanto e por uma pensão tão baixa".
Mas, fez sobressair, "há uma diferença entre corte e reposição e estes anos foram de reposição e isso está a ser reconhecido e é importante".
Catarina Martins fez, contudo, uma ressalva: "É preciso recuperar os rendimentos mas é preciso também fazer um investimento público nos serviços essenciais". E deixou um apelo a Centeno: "O SNS está neste momento à espera de autorizações de despesa do ministro das Finanças que são essenciais para responder às pessoas. O INEM precisa das ambulâncias e de 300 profissionais. Em tantos hospitais deste país se aguarda uma assinatura de Mário Centeno."
"Assine as autorizações de despesa que tem na sua secretária para o Serviço Nacional de Saúde. Existe disponibilidade orçamental [...] o SNS não pode ficar à espera", reiterou.
Já questionada sobre os elogios Financial Times a António Costa, Catarina Martins respondeu: "O Bloco de Esquerda orgulha-se de ter contribuído para um caminho que permitiu a reposição de salários e de pensões no nosso país bem como a criação de emprego. Seguramente lembramo-nos todos de que, em 2015, o PS queria congelar as pensões, não se comprometia com um aumento do salário mínimo, e houve um caminho que foi possível porque houve a participação de vários partidos que fazem uma maioria no Parlamento. Esse caminho foi importante para o país mas também temos de ter a humildade de reconhecer que esse caminho não chega".
De lembrar que o INEM previa comprar este ano 75 novas ambulâncias para equipar os postos de emergência médica, mas o Ministério das Finanças não autorizou o uso do dinheiro necessário, apesar de a verba ser do próprio instituto.
Segundo documentos a que a agência Lusa teve acesso e de acordo com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), em causa estão 75 novas viaturas para a renovação da frota de ambulâncias afetas aos corpos de bombeiros e a delegações da Cruz Vermelha, que compõem os postos de emergência médica.
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