"Funeral do PSD é manifestamente exagerado e errado"
O líder do PCP considera que "o funeral do PSD é manifestamente exagerado e errado", mesmo com todas as críticas internas e externas de que tem sido alvo o presidente social-democrata, Rui Rio.
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Política Jerónimo de Sousa
Jerónimo de Sousa, a 43 dias das eleições legislativas e em entrevista à agência Lusa, começou por recusar "ingerências na vida interna de outros partidos", mas acabou por concluir que "o problema não está em Rui Rio", mas antes na "política que [o PSD] praticou e naquilo que propõe para a sociedade".
"Naturalmente, é um grande partido. Aliás, eu acho que muitos estão a subestimar o PSD. O PSD é um partido com enraizamento em muitos setores e regiões do país. Falar em funeral do PSD é manifestamente exagerado e errado. Rui Rio encontrou dificuldades objetivas, tendo em conta todo o histórico recente do Governo PSD/CDS", diz.
Segundo o secretário-geral comunista, "[o PSD] não foi capaz de compreender a alteração da correlação de forças, mantendo-se no essencial com propostas que tinham levado o PSD à derrota".
"Independentemente de qualquer conflitualidade interna - não me quero pronunciar -, acho que o PSD passará por dificuldades, mas está longe de ser um partido que vai implodir. Não acredito nisso. O PSD vai continuar a ser um partido presente na política e na sociedade", antecipa.
Sem querer "fazer juízos de valor antecipados" em relação ao sufrágio dos eleitores portugueses em 06 de outubro, Jerónimo de Sousa considera que "está muita coisa em aberto ainda, em termos eleitorais, políticos".
"A situação do PSD... o problema não está em Rui Rio, está na política que [o PSD] praticou e naquilo que propõe para a sociedade. Este é o problema do PSD, mais do que uma questão fulanizada", conclui.
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