O facto de a greve dos motoristas, iniciada na segunda-feira da semana passada, ter chegado ao fim é um “alívio” para Ana Gomes e para “todos os portugueses”, pois “isto ainda podia dar muito para o torto se fosse prolongada”.
A opinião da ex-eurodeputada foi tornada pública, no domingo à noite, no seu espaço de comentário na antena da SIC Notícias.
Ana Gomes considera que a greve terminou porque os “trabalhadores reconheceram que ela não era mais sustentável” e agora “é bom que percebam que fizeram erros de juízo e de avaliação ao lançar a greve nestas condições, divididos”.
E acabaram ainda mais divididos, isolados, sem ganhos efetivos, deixando-se instrumentalizar por quem queria promover-se, o advogado senhor 'Pardal da Trotinete'
Relativamente à postura do Governo assumida durante os sete dias de greve, a socialista fez um balanço positivo, embora tenha apontado alguns “excessos” ao Executivo, sendo o mais flagrante o “não se demarcar suficientemente da ANTRAM”, uma vez que “para ser um negociador eficaz e fazer pressão para que as partes negociassem era importante descolar”.
“Excesso” foi ainda a “utilização das Forças Armadas” que Ana Gomes considera que “não era necessária”, sendo até “perigosa”.
Por fim, a ex-eurodeputada defendeu a necessidade de se apostar em “transportes alternativos” para que, numa situação semelhante à desta última semana, o combustível e as mercadorias possam ser transportadas para que o “país não fique refém outra vez deste setor”.