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Jerónimo e o "risco de andar para trás" que o voto no PS "não descarta"

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, apelou esta quinta-feira ao voto na CDU nas eleições legislativas de outubro, e afirmou que só o reforço desta formação partidária permitirá novos avanços nas condições de vida dos portugueses.

Jerónimo e o "risco de andar para trás" que o voto no PS "não descarta"
Notícias ao Minuto

23:57 - 15/08/19 por Lusa

Política PCP

"Não se duvide, para avançar é preciso dar mais força à CDU, porque só o reforço dá sólidas garantias de defesa dos progressos alcançados. Não haja ilusões, é o voto seguro contra o risco de andar para trás", afirmou Jerónimo de Sousa perante os cerca de 400 militantes presentes no jantar comício de verão na zona ribeirinha de Portimão, no Algarve.

Para o líder comunista, existem riscos de se andar para trás nas conquistas sociais alcançadas na última legislatura, "não apenas com o voto no PSD e CDS, como também no PS", pedindo por isso o reforço do voto na CDU - coligação formada por Partido Comunista Português e pelo Partido Ecologista "Os Verdes".

"Sim, os riscos de andar para trás são reais e são riscos que o voto no PS também não descarta", destacou.

Para Jerónimo de Sousa "os sinais são muitos, não apenas nas convergências com o PSD e CDS, ao abrir da bolsa dos dinheiros públicos para a banca, nas leis laborais, em novas borlas fiscais, mas em áreas que significaram avanços que não estão consolidados".

"Progrediu-se, mas não o necessário e suficiente para dar solução aos grandes problemas nacionais e que afetam a vida do nosso povo e o país", sublinhou.

O líder comunista exemplificou com o que se passa com os livros escolares, "onde existe um conjunto de obstáculos impostos às famílias com a devolução dos livros e as condições da sua reutilização".

"Não visam garantir o direito agora consagrado, mas criar dificuldades à sua concretização. O direito deve ser garantido sem a necessidade da obrigatoriedade da sua devolução", sustentou.

Na opinião do secretário-geral do PCP, o que foi conseguido nos últimos quatro anos "com a luta e decisiva contribuição da CDU, foi importante, mas não se progrediu o necessário e suficiente para dar solução aos grandes problemas nacionais e que afetam a vida do povo".

"Portugal continua confrontado com crónicos problemas (...) como são os défices estruturais, responsáveis pelos insuficientes níveis de crescimento económico, pela degradação dos setores produtivos nacionais, por agravadas condições de trabalho e uma injusta distribuição do rendimento nacional, baixos salários, desemprego e muita precariedade, por profundas desigualdades sociais e regionais e elevada pobreza e pela degradação dos serviços públicos essenciais à vida dos portugueses", indicou.

No seu discurso ao longo de mais de meia hora, Jerónimo de Sousa defendeu mais avanços para o país, porque este "não pode continuar amarrado e condicionado no seu desenvolvimento por uma estrutura económica dominada pelos interesses de monopólios em setores determinantes como a banca, seguros, energia, telecomunicações e transportes".

"O país precisa de recuperar os instrumentos de comando da economia portuguesa e não pode continuar subordinado ao poder económico, porque cabe ao Estado assegurar outro papel nos setores estratégicos assegurando que sejam postos ao serviço do povo", defendeu.

O líder comunista assegurou que a coligação apresenta-se nas eleições legislativas com uma política com soluções para os problemas nacionais, para dar resposta ao desfalecimento a cinco grande problemas que são necessários resolver para assegurar o futuro do país.

"Soluções para garantir a sustentabilidade demográfica e o pleno emprego, travando a baixa natalidade e a emigração, reduzir as desigualdades sociais, com a eliminação da pobreza e correção das assimetrias regionais, para o desenvolvimento das forças produtivas e o fortalecimento quantitativo e qualitativo do tecido empresarial, no quadro da revolução digital, bem como para assegurar um Estado, com serviços públicos à altura das suas missões neste século XXI", referiu.

Jerónimo de Sousa afirmou que parte "para esta derradeira fase com confiança de quem tem a consciência do seu papel", sublinhando que "com uma CDU reforçada se avançará na solução dos problemas dos trabalhadores, do povo e do país".

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