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Greve: "Não podemos olhar só para o nosso umbigo e pensar nas férias"

Joaquim Jorge comenta a luta dos motoristas de transporte de matérias perigosas, considerando que os patrões atuam "como se o 25 de Abril não tivesse existido e que "não podemos, como portugueses, olhar somente para o nosso umbigo, pensar no que nos convém, nas nossas férias e nos transtornos que podem causar para quem se desloca de automóvel".

Greve: "Não podemos olhar só para o nosso umbigo e pensar nas férias"
Notícias ao Minuto

12:30 - 08/08/19 por Notícias Ao Minuto

Política Motoristas

�Os patrões não podem fazer o que lhes apetece atuando como se o 25 de Abril não tivesse existido, aproveitando-se das fragilidades de quem para eles trabalha todos os dias”. A afirmação é de Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores, num artigo de opinião enviado, esta quinta-feira, ao Notícias ao Minuto.

Para comentar a luta e a eventual greve dos motoristas de matérias perigosas, o biólogo começa por referir que, em Portugal, existem cerca de 50 mil motoristas de veículos pesados de mercadorias, 900 dos quais a transportar matérias perigosas. “Confesso que não gostaria de ser motorista de transporte de mercadorias perigosas. Além do risco de andar na estrada, acresce uma enorme responsabilidade e o perigo de ocorrer um desastre e o motorista ser atingido irremediavelmente”, continua.

Para o biólogo, devemos “sempre, por norma, pormo-nos no lugar de quem está a reivindicar algo e procurar perceber as suas razões”. “Não podemos, como portugueses, olhar somente para o nosso umbigo, pensar no que nos convém, nas nossas férias e nos transtornos que podem causar para quem se desloca de automóvel. Nem me atrevo a falar na inveja que causa os possíveis aumentos de ordenado”, acrescenta ainda.

Esta luta “é também pela hegemonia nos sindicatos”, considera, uma vez que “com toda a certeza os motoristas não estão contentes com a atuação da FECTRANS”. O Governo não “pode fazer muito além de mediador, mas pode dissuadir os patrões a terem outra postura que é retrógrada há 22 anos”.

Em conclusão, Joaquim Jorge refere que “os motoristas aperceberam-se com a greve em abril que uns poucos conseguem parar o país, daí este conflito sem precedentes.”

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