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Cristas preocupada com efeitos da greve nas campanhas agrícolas

A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, manifestou esta terça-feira preocupação com a possibilidade de a greve dos motoristas afetar as campanhas agrícolas e pôr em perigo as colheitas, e exigiu ao Governo que equacione todos os cenários e possíveis soluções.

Cristas preocupada com efeitos da greve nas campanhas agrícolas
Notícias ao Minuto

19:19 - 06/08/19 por Lusa

Política Motoristas

"[O abastecimento às explorações agrícolas] é um tema que me preocupa muito", disse à agência Lusa Assunção Cristas, admitindo temer as consequências da paralisação, prevista iniciar na próxima segunda-feira, dia 12, "para o mundo rural, em plena época de colheitas".

No Bombarral, distrito de Leiria, onde visitou o Festival Nacional do Vinho Português e a Feira Nacional da Pera Rocha, Assunção Cristas sublinhou que há várias campanhas agrícolas que "estão a arrancar ou que já estão a meio e, obviamente, sem combustível, sem camiões ou sem camionistas para os poderem operar, haverá muita dificuldade em ter um ano agrícola minimamente normal".

A dirigente centrista defendeu que "o Governo tem de se empenhar em prever todos os cenários possíveis para que em qualquer um deles haja resposta", considerando que os governantes devem fazer "tudo o que está ao seu alcance para tentar que a greve não aconteça".

Para Assunção Cristas, se, apesar das negociações, os motoristas avançarem com a greve, o Governo terá, então, de "saber qual vai ser o plano B e o plano C, para garantir" que o país vai "continuar a ter abastecimento nos supermercados, nas bombas de gasolina e a ter uma vida mais ou menos normal".

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) convocaram uma greve a iniciar no dia 12 e por tempo indeterminado, e acusaram a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) de não querer cumprir o acordo assinado em maio, que pôs fim a uma greve que deixou os postos de abastecimento sem combustíveis.

Esta greve ameaça parar o país em pleno mês de agosto, uma vez que vai afetar todas as tipologias de transporte de todos os âmbitos e não apenas o transporte de matérias perigosas. O abastecimento às grandes superfícies, à indústria e serviços deve ser afetado.

Também se associou à paralisação o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

O Governo terá de fixar os serviços mínimos para a greve, depois das propostas dos sindicatos e da Antram terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.

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