Catarina Martins entregou, esta segunda-feira, a candidatura ao círculo eleitoral do Porto para as legislativas de outubro. Em declarações aos jornalistas, a coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu que esta é uma lista "com uma média de idades relativamente jovens, cerca de 40 anos".
A novidade, que representa "mérito" acrescido para o partido, é a integração de Pedro Lamares como mandatário. O ator português é alguém que, no entendimento de Catarina Martins, "tem feito muito pela democracia cultural neste país, pelo conhecimento da literatura, da poesia".
Já questionada relativamente à contratação de mais de mil profissionais de saúde, autorizada pelo Governo, Catarina Martins não poupou críticas ao Executivo, classificando esta medida de "tardia". O Bloco, reforçou a líder partidária, "tem feito várias propostas para a contratação porque estamos a precisar de gente nas mais variadas áreas". Aliás, recordou, "mantemos um enorme problema na contratação de obstetras e anestesistas porque há falta de profissionais no país".
Este é, no seu entendimento, "um problema grave" que deverá ser colmatado com a abertura de concursos. Por outro lado, ressalvou ainda a bloquista, relativamente aos concursos que já abriram põe-se o problema de "não só terem aberto tardiamente, como de ficarem vazios, sem profissionais a concorrer".
"Precisamos de abrir os concursos para a contratação mas precisamos de ter uma política estruturada para termos profissionais de saúde no país e para os termos em dedicação plena no Serviço Nacional de Saúde [SNS]", afirmou Catarina Martins.
Para esta realidade terá sido determinante a política de 'numerus clausus', "que limitou a formação dos médicos do país. Precisamos de uma politica estruturada para termos os profissionais em dedicação plena ao SNS. A Lei de Bases da Saúde abre a porta para que este caminho seja feito, mas é preciso que na próxima legislatura se deem os passos para concretizar esta formação de profissionais".