Meteorologia

  • 28 MARçO 2024
Tempo
15º
MIN 11º MÁX 17º

"O secretário de Estado devia ter-se demitido logo a seguir ao adjunto"

Luís Marques Mendes debruçou-se este domingo sobre a questão das golas inflamáveis e a responsabilidade que devia ter sido assumida pelo secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves.

"O secretário de Estado devia ter-se demitido logo a seguir ao adjunto"

Luís Marques Mendes defende que a responsabilidade política pelo conflito de interesses posto a descoberto com a questão das golas inflamáveis pertence ao secretário de Estado da Proteção Civil e devia ter sido, assim, assumida.

"Eu acho que o secretário de Estado da Proteção Civil devia ter-se demitido ou então devia ter sido demitido", começou por dizer Luís Marques Mendes, este domingo, no seu espaço de comentário na antena da SIC.

O comentador (e antigo secretário de Estado) relembrou que "um seu adjunto de alguma forma manobrou para que as empresas a serem contactadas ou serem escolhidas fossem indicadas por ele e por isso demitiu-se".

Recorde-se que o técnico Francisco Ferreira, adjunto do secretário de Estado da Proteção Civil, demitiu-se depois de noticiado o seu envolvimento na escolha das empresas para a produção dos 'kits' de emergência para o programa 'Aldeias Seguras', onde se encontravam as polémicas golas. O pedido de exoneração foi aceite pelo secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves.

"O adjunto demitiu-se, e bem, mas o secretário de Estado devia-se ter demitido logo a seguir. Por uma razão muito simples, os adjuntos dos governantes não atuam em conta própria, atuam em nome do secretário de Estado e, portanto, ele devia ter assumido a responsabilidade política e sair", criticou o político.

Marques Mendes destaca ainda a fragilização que esta questão e a questão das contratações trouxe ao secretário de Estado, asseverando que "não tem a mesma autoridade que tinha antes". "Em vez de se agarrar ao lugar, devia sair pelo seu próprio pé", terminou.

Sublinhe-se que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, mandou abrir um inquérito urgente sobre a contratação de material de sensibilização para incêndios, no passado dia 27 de julho.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório