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Bloco e PAN têm "ambiguidade de políticas, ninguém sabe o que são"

Manuela Ferreira Leite mostrou alguma desconfiança quanto às intenções políticas de partidos como o Bloco de Esquerda e o PAN, dois dos partidos mais beneficiados pelas sondagens.

Bloco e PAN têm "ambiguidade de políticas, ninguém sabe o que são"

Os resultados das últimas sondagens vaticinam umas eleições legislativas difíceis para os partidos de Direita, com o PSD e o CDS-PP a apresentarem quedas significativas nas percentagens. Manuela Ferreira Leite, porém, quando instada a comentar, na antena da TVI, se seria preciso repensar o espaço do centro-direita no espetro político português, apontou baterias à Esquerda, mostrando antes preocupação com uma pretensa “ambiguidade de políticas”.

“O relevo que se tem dado a partidos como o Bloco de Esquerda ou mesmo como o PAN, que são de uma ambiguidade de políticas que ninguém sabe o que são”, afirmou a antiga ministra das Finanças, antes de ser interrompida pelo jornalista, que relembra que “ambiguidade” não é uma definição normalmente atribuída ao Bloco de Esquerda.

“Na minha opinião existe uma enorme ambiguidade [no Bloco de Esquerda]”, insistiu Manuela Ferreira Leite, elencando os Apoios Sociais, Habitação e Saúde como as principais pastas onde encontra ambiguidade por parte do partido coordenado por Catarina Martins.

“Fazem-se promessas que evidentemente se sabe que não são suscetíveis de serem executadas. Se pensarmos nos subsídios, nas prestações sociais que são anunciadas… Nunca serão concretizadas”, critica, falando ainda em “práticas que não coincidem com ideias políticas, como é o caso da habitação”.

“Casas para todos e depois seguem-se políticas que rebentam com o sistema de arrendamento”, afirmou.

No entender da antiga governante, “o caso da Saúde é paradigmático”. “Estes quatro anos houve um desinvestimento verdadeiramente insustentável e inaceitável no Sistema de Saúde e, durante quatro anos, os orçamentos passaram com a apoio do Bloco de Esquerda”, lembrou.

“O Bloco de Esquerda, se fosse coerente e se não fosse ambíguo, tinha a obrigação de não apoiar um orçamento cuja parte significativa estava a ser totalmente degradado e afetado pela opções políticas. É no final da legislatura que vem dizer que tem fazer uma lei para retirar os privados, como se a culpa fosse dos privados”, apontou Manuela Ferreira Leite.

A ex-líder social-democrata assenta o seu entendimento nessas contradições: “Tudo isto é ambíguo porque por um lado apoiam a degradação do serviço, porque apoiaram orçamentos absolutamente deficitários para o Sistema de Saúde, e de seguida ainda lhe dão mais um corte com a exclusão dos privados”.

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