Ensino Superior: Proposta do CDS "é um insulto ao papel do Estado Social"
A proposta do CDS apresentada esta terça-feira por Assunção Cristas mereceu duras críticas da Esquerda.
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Política CDS
A proposta foi apresentada esta terça-feira por Assunção Cristas. Quem não tenha nota suficientemente alta para entrar na universidade pública, deve poder pagar para entrar a custo de mercado.
Uma ideia que colheu desde logo acérrimas críticas à Esquerda.
O bloquista Luís Monteiro, por exemplo, resumiu a proposta da seguinte forma:
“Um jovem pobre que não consiga entrar no Ensino Superior, fica de fora. Um jovem rico paga e entra. Simples, não é? É simples e, já agora, multiplica as desigualdades sociais já existentes no acesso ao Ensino Superior. Um insulto ao papel do Estado Social”.
E concluiu: “É o CDS atrás da maior carga fiscal de sempre. É a Direita a querer voltar a desgovernar o país”.
Moisés Ferreira, também do BE, ironizou a proposta simulando um discurso.
“Universidade à moda do CDS: - Ora bom dia. Então o que vai ser hoje?; - A quanto é que está Medicina este ano?; - Tem saído muito bem. O preço está alto, mas vale a pena que é fresquinha. Não encontra disto em mais lado nenhum. Mas olhe que a Engenharia também não vai mal. Já experimentou? ; - Olhe, mande vir uma de Medicina aqui para o a Salvador Maria e meia de Veterinária para a Maria Miguel que ela só quer experimentar. E traga o terminal multibanco, se faz favor!”
Do lado do PS, Filipe Neto Brandão, criticou a proposta centrista afirmando: “Não entra pelo mérito escolar, entra pela capacidade económica”.
“Ei-lo, o CDS a ser CDS”, frisa, lembrando que é “claro que já existe ensino superior, onde quem paga entra”. “Mas como este é aquilo que se sabe - e o CDS sabe-o também -, o CDS quer que quem tenha capacidade económica nunca fique de fora do ensino público, independentemente do desempenho escolar”
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