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"Não ficou tudo resolvido" com a demissão de adjunto, avisa Rui Rio
O presidente do Partido Social-Democrata esteve, esta segunda-feira, no distrito de Castelo Branco para analisar as consequências dos incêndios da semana passada.
© Global Imagens
Política PSD
Rui Rio esteve hoje em Vila de Rei para se inteirar das consequências que resultaram dos incêndios que lavraram naquela região do distrito de Castelo Branco na semana passada.
Em declarações aos jornalistas, o líder dos sociais-democratas deixou claro que aquilo que ouviu durante a reunião desta tarde “não está de acordo com o que se ouviu o Governo dizer” e, garantiu, “houve uma assinalável desorganização no combate ao incêndio”.
“Eu pensava, os portugueses pensavam e o ministro da Administração Interna tem dito que está tudo melhor desde os incêndios de 2017. E as coisas até poderão estar melhores, mas estão muito longe de estar como deveriam estar”, apontou, considerando que não basta haver meios de combate a incêndios. “Há meios de combate, mas depois com tudo desorganizado e descoordenado, esses meios não são otimizados e depois há um incêndio com estas dimensões”, referiu, dando como exemplo de descoordenação no teatro de operações o facto de “às vezes não se sabe quantas refeições são necessárias porque não se sabe quantos meios estão a combater as chamas”.
Quanto à polémica em torno das golas que são inflamáveis, Rui Rio destacou que se o adjunto do Secretário de Estado se demite “é porque tem alguma responsabilidade nisto”.
No entanto, sublinhou, “não é por isso que ficou tudo resolvido” e o Governo não pode “responsabilizar autarcas, órgãos de comunicação social e a Autoridade Nacional de Proteção Civil de maneira a que culpa nunca seja dele”, pois, “no limite, a responsabilidade obviamente é do Governo”, uma máxima que se aplica não só às golas como aos próprios incêndios.
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