"A tática do PS de ser agressivo com o Bloco e favorável ao PCP falhou"
Francisco Louçã realça ainda que a descida do PSD se tem acentuado.
© Global Imagens
Política Francisco Louçã
As sondagens voltaram a marcar a semana política e o tema não escapou à análise de Francisco Louçã esta sexta-feira, no seu espaço de comentário na antena da SIC Notícias.
O comentador destaca que as “tendências parecem consolidar-se, embora possa haver mudanças” nos dois meses que faltam até às eleições.
“O CDS tem vindo a cair e de facto disputa com a subida do PAN, veremos o que acontece neste contexto, o PCP parece razoavelmente estabilizado, o Bloco tem uma ligeira subida e aparece como terceiro partido, mas a grande notícia é que o PS tem praticamente o dobro do PSD”, sintetizou.
Louçã considera que nesta fase “ainda é difícil”, mas uma maioria absoluta “é possível” para o PS, nomeadamente pela tendência de descida do PSD.
Os debates, a campanha e o tipo de propostas ainda poderão ter um papel ainda a dizer, relembrou ainda.
Para Louçã, tanto à Esquerda como à Direita haverá interesse em evitar uma maioria absoluta. “O PS utilizava uma tática que era ser muito agressivo contra o Bloco de Esquerda e muito favorável a uma aliança com o PCP, e isto prejudicou o PCP e favoreceu o Bloco, exatamente ao contrário do que o Governo pretendia. Falhou por completo a sua estratégia”.
“O que se percebe”, prosseguiu, notando o contraste, “é que uma grande parte do eleitorado do PS quer que haja um acordo de maioria parlamentar, ou de Governo, que inclua o Bloco”.
Pela sua parte, o antigo dirigente do Bloco de Esquerda destacou que tem preferência "por um acordo entre várias partes e não só entre dois partidos" porque "tudo o que afunila o sistema política é prejudicial à abertura a soluções mais ousadas".
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