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Daniel Adrião acusa Costa de ter privilegiado o aparelho nas listas do PS

O líder da corrente minoritária socialista, Daniel Adrião, acusou hoje o secretário-geral do PS, António Costa, de ter feito listas de candidatos a deputados que refletem o peso do aparelho partidário, sem abertura à sociedade.

Daniel Adrião acusa Costa de ter privilegiado o aparelho nas listas do PS
Notícias ao Minuto

23:45 - 23/07/19 por Lusa

Política Eleições

Estas acusações foram feitas na intervenção de Daniel Adrião na reunião da Comissão Política Nacional do PS, em Lisboa, que se prepara para aprovar as listas de candidatos a deputados socialistas nas próximas eleições legislativas.

No seu discurso, ao qual a agência Lusa teve acesso, Daniel Adrião referiu-se às listas de candidatos a deputados do PS na sua globalidade e considerou que "os dados estão lançados, as decisões do secretário-geral [António Costa] estão tomadas".

"E a responsabilidade destas escolhas é do secretário-geral, porque a proposta que vamos votar é apresentada pelo secretário-geral. São escolhas que refletem o peso e a influência do aparelho, mas que não refletem a desejável abertura à sociedade que se impunha, tendo em conta os fraquíssimos níveis de participação eleitoral que se têm vindo a registar", sustentou.

O dirigente socialista afirmou depois que, "para os níveis de responsabilidade que o PS tem hoje na sociedade portuguesa, exigia-se muito nesta fase, quer no processo de construção do programa, quer das suas listas eleitorais".

"Infelizmente, esta direção não quis seguir os bons exemplos e as boas práticas que o PS vivenciou no passado, marcados por uma forte participação, descentralização e abertura à sociedade civil, que são exemplos memoráveis os Estados Gerais [no tempo de liderança de António Guterres], mas também as Novas Fronteiras [na liderança de José Sócrates]", referiu.

De acordo com este dirigente da tendência minoritária dos socialistas, "mais uma vez", no PS, "valorizou-se o controlo em detrimento da inovação".

"A atual direção decidiu insistir num modelo de organização política caduco e esgotado, que não é minimamente atrativo, que não tem canais de comunicação com a sociedade. O resultado são listas sem novidade, sem frescura, construídas apenas numa lógica de gestão de equilíbrios de poder interno", acrescentou.

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