"Se incêndios correrem como estes três dias em Mação, PS leva pontapé"
Miguel Sousa Tavares diz não acreditar que oposição tenha palavra a dizer no resultado das eleições, mas avisa que gestão dos incêndios pode decidir maioria absoluta.
© Global Imagens
Política Miguel Sousa Tavares
"Já não há espaço daqui até às eleições para que a maioria absoluta se decida por ação da oposição”, vaticinou Miguel Sousa Tavares esta noite de segunda-feira, no seu espaço de comentário habitual na TVI.
O comentador debruçou-se sobre a sondagem da Pitagórica realizada para o JN e TSF, cujos resultados foram hoje revelados e atribuem ao PS um resultado muito próximo da maioria absoluta (43,2%), o dobro das intenções de voto no PSD (21,6%), de Rui Rio.
Reveladas estas projeções, Miguel Sousa Tavares reforçou o seu descrédito para com uma reviravolta por parte da oposição ao atual Governo. “Acho que a maioria absoluta se vai decidir por ação do PS. Ou por mérito ou por demérito, será mais o PS a perder a maioria absoluta do que a oposição a evitar que o PS a tenha”, determinou.
O jornalista acredita que os factores que poderão decidir a maioria absoluta socialista são a abordagem feita aos temas que mais preocupam os portugueses - a Saúde e a corrupção, segundo as sondagens – e “a forma como decorrer este verão”.
No entender de Miguel Sousa Tavares, a forma como o Governo responder à greve dos motoristas de matérias perigosas e aos incêndios será decisiva. E, assim sendo, “se os incêndios decorreram como decorreram estes três dias na região de Mação, o PS vai levar uma grandessíssimo pontapé”.
“No primeiro teste de fogo, (…) depois de termos andado dois anos a ouvir o ministro Eduardo Cabrita dizer que nunca tínhamos tido tantos aviões, tantos meios aéreos, tanta preparação, tanta limpeza de matos, vem o calor e é o descalabro geral”, afirmou.
“Se nas frentes onde houver tensão o Governo se portar mal daqui até outubro, então o PS não terá maioria absoluta”, determinou o escritor, sublinhando, no entanto, que “está tudo nas mãos do PS”. “Não creio que a oposição consiga, por si só, evitar um resultado de maioria absoluta se o PS não fizer asneira”, terminou.
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