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Vieira da Silva fala em "coragem" do PS ao dar prioridade à demografia

O ministro Vieira da Silva considerou hoje que a prioridade atribuída pelo PS às políticas demográficas revelou "coragem" e lucidez", dizendo que a abordagem programática deste tema não era tradicionalmente comum nos partidos de esquerda.

Vieira da Silva fala em "coragem" do PS ao dar prioridade à demografia
Notícias ao Minuto

18:42 - 20/07/19 por Lusa

Política PS

Vieira da Silva falava na Convenção Nacional do PS, que decorre no pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, na apresentação do programa eleitoral socialista dedicado à questão do 'Desafio demográfico'.

O ministro do Trabalho e da Segurança Social começou por defender que a prioridade atribuída à demografia "foi um ato de coragem, porque é um tema difícil, já que não tem resposta única, exigindo uma ação multidisciplinar".

"Mas também coragem porque não é muito comum nos partidos da esquerda abordarem temas desta natureza por razoes históricas que não vou agora desenvolver. As políticas de família e as políticas de apoio à natalidade só tardiamente entraram na agenda política até do PS, ainda que tenha sido dos primeiros a compreendê-lo", apontou José Vieira da Silva.

Vieira da Silva afirmou depois que a quebra da natalidade numa série longa desde o final do século passado, prolongando-se pelo atual, com o envelhecimento da população, coloca questões de sustentabilidade das políticas públicas.

"Entre 2006 e 2012, as estimativas da União Europeia para a nossa demografia a prazo mais longo, por exemplo a 50 anos, sofreram uma mudança de cerca de três milhões de pessoas. De uma estimativa de 11 milhões de pessoas, passámos a oito milhões de pessoas", referiu.

Ora, de acordo com o membro do Governo, há dois problemas que justificam "a lucidez" de incluir este tema como central do programa eleitoral do PS, advertindo então que a sustentabilidade das políticas públicas "é questionada pela evolução demográfica".

"Mas há outra dimensão: Temos de reconhecer que em Portugal há um enorme diferencial entre as famílias que os portugueses gostavam de ter e as famílias que os portugueses podem ter. É na redução dessa diferença que justifica a ação política", acrescentou.

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