Líder do Podemos admite ficar fora do governo. 'Geringonça' à espanhola?
O líder do PSOE, Pedro Sánchez, tem estado a negociar o contexto que lhe permita governar.
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Política Espanha
Depois das dúvidas que se mantinham durante as negociações, o líder do Unidas Podemos abdicou da sua intenção em integrar governo.
Em causa está o facto de Pablo Iglesias, líder do partido de esquerda, ter 'dado um passo atrás' - como caracteriza a imprensa espanhola - nas suas pretensões de vir a integrar o governo liderado pelos socialistas.
Foi nesta tarde de sexta-feira, numa publicação em vídeo nas redes sociais, que Pablo Iglesias assumiu a sua nova posição.
Em vídeo e em texto, Pablo Iglesias explica que não quer ser "a desculpa do PSOE para que não haja um governo de coligação de esquerdas".
Recorde-se que na semana passada, em entrevista a uma rádio, Pablo Iglesias tinha referido especificamente o Bloco de Esquerda o PCP, afirmando que a razão pela qual os dois partidos não integram o Executivo português era por não o quererem, uma posição que era distinta da sua.
As últimas semanas continuaram a ser de negociações mas sem sucesso. A falta de progressos para formar Governo, três meses depois das eleições de 28 de abril, estava já a dar força à possibilidade de que fossem marcadas novas eleições.
Saliente-se que os votos do Unidas Podemos são imprescindíveis à recondução de Pedro Sánchez como chefe do Governo, depois de todos os partidos à direita do PSOE já terem confirmado que irão votar contra a sua investidura.
O Unidas Podemos insistia em ter dirigentes seus, como ministros, a integrar o futuro Governo espanhol, algo a que o PSOE de Pedro Sánchez 'torcia o nariz'. Com o recuo nesta matéria de Iglesias, a 'bola' passa agora para os socialistas, que procuram ainda conseguir em Espanha o apoio parlamentar à Esquerda, semelhante ao que permitiu ao Executivo de António Costa governar desde 2015, ainda que não tivesse sido o partido mais votado.
Recorde-se que nas legislativas espanholas, realizadas no passado dia 28 de abril, os socialistas foram o partido mais votado, com quase 29% dos votos, mas outros quatro partidos tiveram mais de 10%, acentuando a grande fragmentação política do país.
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