Juntos pelo Futuro não fará "oposição ativa" a Cristas às legislativas
O grupo Juntos pelo Futuro do CDS, de Filipe Lobo d'Ávila, decidiu "não fazer oposição ativa" à liderança de Assunção Cristas até às eleições de 06 de outubro, disse hoje à Lusa o dirigente centrista Raul Almeida.
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Política CDS
A decisão saiu de um encontro de um grupo de cerca de 20 militantes e dirigentes do CDS-PP apoiantes de Lobo d'Ávila, que se reuniu na terça-feira à noite, em Aveiro, para analisar os resultados das europeias de maio, em que o partido teve 6,2%, e o "estado do centro-direita" no país.
"Não faremos uma oposição ativa dentro do partido até às legislativas de outubro. Esta estratégia e a direção de Assunção Cristas devem ir a votos", afirmou o ex-deputado Raul Almeida, acrescentando esperar que "corra o melhor possível" esta eleição.
Até outubro, este grupo, que apresentou uma moção ao último congresso do partido e se assume como alternativa à atual liderança, vai agora atualizar o texto, sem alterar as questões de princípio, e fazer "um trabalho de reflexão" em encontros "mais alargados", nomeadamente em questões europeias, de modo a torná-lo "um projeto para o país", disse.
O grupo está aberto a que este trabalho de "um projeto para o país" possa ser refletido dentro do partido, incluindo pela direção de Assunção Cristas, mas é assumido que será uma base "para todas as eventualidades", acrescentou.
No conselho nacional que se seguiu às europeias, em que o CDS conseguiu apenas eleger um eurodeputado, Nuno Melo, com 6,2%, o ex-deputado e antigo secretário de Estado Filipe Lobo d'Ávila avisou que a líder do partido não tem margem de erro nas legislativas de outubro e responsabilizou a direção pelo mau resultado de maio.
Nessa reunião, a presidente dos centristas fez um apelo à unidade interna para as eleições legislativas.
No congresso de março de 2018, em Lamego, a lista de Filipe Lobo d'Ávila conseguiu eleger 13 conselheiros, com 18,5%.
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