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Tancos: Azeredo Lopes arguido "não diz nada sobre o fim do processo"

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, assinalou hoje que a constituição do ex-ministro Azeredo Lopes como arguido "não diz nada sobre o fim do processo", afirmando que a justiça terá o tempo próprio para tomar decisões.

Tancos: Azeredo Lopes arguido "não diz nada sobre o fim do processo"
Notícias ao Minuto

22:00 - 06/07/19 por Lusa

Política Catarina Martins

"A constituição de arguido não nos diz nada sobre o fim do processo naturalmente e o Bloco de Esquerda reserva à decisão da justiça o tempo próprio de a tomar", afirmou Catarina Martins, após instada a comentar a constituição do ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes como arguido na investigação ao furto de Tancos.

O ex-ministro foi constituído arguido na quinta-feira no processo que investiga o furto e a operação da Polícia Judiciária Militar de recuperação do material furtado, realizada sem o conhecimento da Polícia Judiciária, que era titular do processo.

Em comunicado enviado à Lusa, Azeredo Lopes considerou na quinta-feira que a condição de arguido, apesar de garantir mais direitos processuais, é "absolutamente inexplicável", tendo em conta que o seu envolvimento no processo "foi apenas de tutela política".

Questionada pelos jornalistas no final da reunião da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda, que se reuniu hoje num hotel em Lisboa, Catarina Martins frisou que, no que respeita ao inquérito parlamentar, o BE "sempre chamou a atenção para a dificuldade do inquérito" porque "em muitos dos temas não foi possível obter respostas por causa do segredo de justiça".

"Muitos dos intervenientes e até em relação a documentos estavam sob segredo de justiça e portanto foi uma comissão de inquérito que teve pouca capacidade de avaliar a situação", considerou.

O relatório da comissão de inquérito, aprovado no dia 03 de julho em plenário com os votos contra do PSD e do CDS-PP, exclui qualquer responsabilização direta do ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes e do primeiro-ministro, António Costa, apenas admitindo que "não ficou provado" que tenha havido interferência política na ação do Exército ou na atividade da Polícia Judiciária Militar.

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