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Escolha de ministra da Defesa alemã é sinal de "militarização" da UE

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, apontou hoje a escolha da ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyen, para presidir à Comissão Europeia como um sinal da militarização da União Europeia, que considerou grave.

Escolha de ministra da Defesa alemã é sinal de "militarização" da UE
Notícias ao Minuto

18:37 - 03/07/19 por Lusa

Política Jerónimo de Sousa

" [A União Europeia] claramente mantém o rumo, com um agravamento, que eu sublinho, particular, que é a militarização da própria União Europeia. E a indicação para um cargo de responsabilidade de uma ministra da Defesa alemã tem este conteúdo e significado", declarou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PCP foi questionado pela agência Lusa sobre as escolhas para os cargos institucionais de topo da União Europeia, acordadas pelos chefes de Estado e de Governo dos Estados-membro, no final uma reunião com elementos da Companhia Nacional de Bailado (CNB), no Teatro Camões, em Lisboa.

Na resposta, Jerónimo de Sousa defendeu que caiu por terra a ideia de que "ia ser criada uma frente progressista".

"A composição e a ocupação de lugares-chave por figuras, algumas delas conhecidas, demonstram que, de facto, não há alteração, tanto em termos de responsabilização de cargos como, fundamentalmente, em relação às políticas, em relação às políticas, às políticas cambiais, às políticas económicas", considerou.

O secretário-geral do PCP destacou a escolha de Ursula von der Leyen, ministra da Defesa alemã, da União Democrata-Cristã (CDU), para presidente da Comissão Europeia, como sinal de que a União Europeia "claramente mantém o rumo, com um agravamento, que eu sublinho, particular, que é a militarização".

"Ou seja, não há mudança, há continuação, uma linha de aprofundamento em relação às linhas da União Europeia que se têm revelado desastrosas e, simultaneamente, o seu aprofundamento e continuidade. Não há, de facto, nenhuma novidade nestas decisões", reforçou.

Ursula Von der Leyen, ministra da Defesa da Alemanha desde 2013, foi nomeada na terça-feira pelo Conselho Europeu para suceder a Jean-Claude Juncker na presidência da Comissão, no âmbito de um acordo entre as três maiores famílias políticas europeias - conservadores, socialistas e liberais - para as nomeações para os cargos de topo da União Europeia (UE).

O acordo no Conselho Europeu, alcançado depois de uma 'maratona' negocial em Bruxelas que se prolongou por três dias, contempla ainda a nomeação do primeiro-ministro belga em funções, o liberal Charles Michel, para a presidência do Conselho Europeu, do vice-presidente da assembleia europeia, o socialista David Maria Sassoli, para a presidência do Parlamento Europeu, do ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, o socialista Josep Borrell, como Alto Representante da UE para a Política Externa e ainda da francesa Christine Lagarde para o Banco Central Europeu.

O acordo fechado entre os líderes dos 28 foi a solução encontrada depois da rejeição, pelo PPE, da proposta negociada à margem da cimeira do G20 pela chanceler alemã Angela Merkel (PPE), o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez (Socialistas), o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte (Liberais), para a designação do socialista holandês Frans Timmermans, candidato principal dos socialistas, para a presidência da Comissão Europeia, e Manfred Weber, 'spitzen' dos conservadores, para a presidência do PE.

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