"Ou o PS nunca esteve de boa-fé nisto ou achava que PSD era uma muleta"
Rui Rio reagiu esta sexta-feira ao anúncio feito pelo PS, no sentido de retirar de cima da mesa a possibilidade de diálogo com o PSD sobre a nova Lei de Bases da Saúde.
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Política Rui Rio
O líder do PSD reagiu com frustração, esta sexta-feira, à indisponibilidade mostrada pelo PS para negociar uma revisão da da Lei de Bases da Saúde. "Ou o PS nunca esteve de boa-fé nisto ou, se esteve de boa-fé, achava que o PSD está aqui para ser muleta da Geringonça quando a Geringonça não consegue funcionar", concluiu Rui Rio, em conferência de imprensa.
O social-democrata reforçou que “o PSD não está aqui para ser muleta”, mas antes “para pôr Portugal em primeiro lugar e para servir os portugueses”. “Não fazemos fretes políticos a ninguém”, afirmou.
O presidente do PSD reiterou que o partido apenas pretendia revisitar três áreas da Lei de Bases da Saúde - a gestão, os direitos dos cidadãos e a saúde pública e bem-estar - e deu como exemplos de matérias que o PSD queria incluir o reconhecimento do direito aos cuidados continuados e paliativos.
"Isto é exigir de mais?", questionou, tendo sido depois distribuída uma folha A4 aos jornalistas onde estão detalhados os pontos que o PSD pretendia alterar ou incluir no diploma.
Rui Rio disse, ainda, que é possível retirar duas conclusões desta tomada de posição por parte dos socialistas. “Primeiro, fica quem é que está de boa-fé e quer defender o interesse das pessoas e quem é que está apenas com a preocupação da pequena tática partidária e que ganhos pode ter em negociações simuladas”.
Por outro lado, criticou, é possível denotar “uma vitória da ala radical de esquerda do PS sobre a ala moderada do PS”. “Este PS está cada vez mais encostado à esquerda do PCP do BE e não se consegue libertar destas amarras”, atirou.
Questionado se o PSD se sentiu usado nestas negociações - que se resumiram a uma reunião -, Rio respondeu que não.
"Que fique claro, se amanhã se repetir uma situação destas relativamente a uma outra matéria qualquer, eu vou fazer exatamente da mesma maneira, vou mostrar disponibilidade para, em nome dos portugueses, negociar de espírito aberto o que para eles possa ser melhor", afirmou.
Recorde-se que o PS anunciou hoje que não chegou a acordo com o PSD sobre a revisão da Lei de Bases da Saúde e pediu o apoio dos "partidos que não se revêm na atual lei que incentiva as PPP".
Em conferência de imprensa no parlamento, a vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Jamila Madeira afirmou que o PS esteve sempre disponível para melhorar o atual texto em alguns aspetos, "mas não está disponível para reverter as suas posições centrais nesta matéria e alterar todo o trabalho que releva como muito positivo no respeito pela memória e pelo legado do PS na área da saúde".
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