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PCP e BE na presidência da bancada no PE, Marisa Matias sem consenso

O PCP e o Bloco de Esquerda vão integrar a presidência coletiva interina do grupo da Esquerda Unitária no Parlamento Europeu até haver uma solução definitiva, depois de o nome da bloquista Marisa Matias não ter reunido consenso.

PCP e BE na presidência da bancada no PE, Marisa Matias sem consenso
Notícias ao Minuto

17:08 - 27/06/19 por Lusa

Política Parlamento Europeu

Esta quinta-feira, o Observador noticiou que os deputados europeus do PCP vetaram o nome da eurodeputada Marisa Matias como presidente do grupo parlamentar da Esquerda Unitária europeia [GUE/NGL], para a próxima legislatura no Parlamento Europeu.

Ao Expresso, o eurodeputado eleito João Ferreira rejeitou responder de forma direta sobre se tinha sido "a favor ou contra" o nome de Marisa Matias para a presidência e uma outra proposta para dividir a liderança do grupo com Marisa Matias, afirmando que a organização do GUE/NGL requer consenso e que "quer essas propostas, quer outras não preencheram" essa condição.

Em comunicado, os representantes do PCP no Parlamento Europeu referem que uma das propostas para a presidência do grupo "veiculada por alguns órgãos de comunicação social em Portugal, demonstrou não ser consensual, como foi manifestado por várias forças políticas, de diferentes países".

"Ao contrário do que alguns querem fazer crer, é esta, e não outra, a razão que conduziu a que essa e outras propostas não tenham preenchido esta condição essencial no quadro da aplicação dos princípios do grupo", argumentaram os comunistas.

Os deputados do PCP frisaram que no processo de auscultação e debate para a composição dos órgãos do GUE/NGL, nomeadamente a sua presidência, vice-presidências e secretariado-geral, participam as 19 delegações de 13 países que constituem o grupo e que "nenhuma das propostas" para a presidência daquele grupo reuniu "o consenso necessário".

"Tendo em vista facilitar o processo negocial que decorre, o Bureau do Grupo decidiu nomear uma presidência coletiva, com caráter interino, integrada pelo PCP, pela Aliança Vermelha e Verde (Dinamarca), pelo Bloco de Esquerda e pela A Esquerda (Alemanha), assumindo esta última força política o papel de "presidente em exercício" do grupo e a sua representação formal junto do PE", indica o comunicado.

O PCP sublinhou ainda que irá continuará a intervir neste processo, procurando contribuir para "uma solução consensual, no quadro do respeito pelos princípios fundamentais de funcionamento do GUE", como a sua natureza confederal, a tomada de decisões por consenso, a igualdade entre as suas delegações e o respeito pelas suas diferenças, ou ainda a sua autonomia e "identidade própria e distintiva."

"Naturalmente, o PCP não aceitará a violação destes princípios ou um qualquer posicionamento ou decisão que seja imposta contra esses mesmos princípios. Como se tem verificado até agora, é na base do respeito mútuo e da cooperação construtiva que se têm de encontrar soluções que melhor sirvam a intervenção distintiva do grupo e não com a introdução de elementos de descaracterização política ou de ambições sectárias de protagonismo", defenderam os eurodeputados comunistas.

João Ferreira e Sandra Pereira serão os representantes do PCP na legislatura 2019-2024 na assembleia europeia.

De acordo com o 'site' do GUE/NGL, aquele grupo irá "nas próximas semanas" procurar uma "representação e voz o mais forte possível" para "os valores da esquerda na Europa".

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