Deputada do PSD Emília Santos exclui-se das listas na próxima legislatura
A deputada do PSD Emília Santos anunciou hoje a decisão de não se recandidatar nas listas às legislativas para se dedicar em exclusivo ao concelho da Maia, onde exerce funções como vereadora na Câmara Municipal.
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Política Eleições
Eleita em 2015 como número três da lista pelo Porto, Emília Santos completará duas legislaturas como deputada.
"Em outubro fecha-se um ciclo, mas não termina a minha intervenção cívica e política a favor do meu concelho e do meu distrito. Quero dedicar-me, em exclusivo, ao concelho da Maia e aos maiatos. Fruto desta minha opção, tornei pública a minha decisão de não voltar a ser candidata a Deputada à Assembleia da República", refere, numa nota enviada à Lusa.
Sem se referir à atual direção do partido, Emília Santos agradece a confiança que lhe foi depositada e a abordagem que diz ter sido feita pela Comissão Política Concelhia da Maia do PSD para apurar a sua disponibilidade para ser proposta para a lista de candidatos do distrito do Porto na próxima legislatura.
"Pelas razões que referi, a minha opção recaiu sobre a Maia", afirmou.
Emília Santos junta-se, assim, a vários parlamentares do PSD que, por razões distintas, têm vindo a anunciar a sua indisponibilidade para integrarem as listas de deputados, atualmente em fase de elaboração.
No sábado, o vice-presidente da bancada António Leitão Amaro tornou pública a decisão de não voltar ao parlamento na próxima legislatura, invocando razões pessoais e profissionais para uma opção que diz ter sido tomada há mais de um ano e que não está relacionada com a atual liderança ou direção do PSD.
Na terça-feira, foi a deputada Teresa Morais, antiga vice-presidente do partido, que anunciou que se retirava "da linha da frente" dos sociais-democratas e acusou o atual presidente do PSD, Rui Rio, de estar "a definhar" o partido.
Outra crítica assumida de Rui Rio, a antiga ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz, também já disse não querer voltar a ser deputada.
O antigo presidente da distrital de Coimbra Maurício Marques, o ainda líder do PSD de Castelo Branco Manuel Frexes ou os deputados Sérgio Azevedo (Lisboa) e Ulisses Pereira (Aveiro) são outros dos que já se autoexcluíram das listas.
Já o ex-líder parlamentar Hugo Soares -- que admitiu em janeiro "sair pelo próprio pé" das listas em entrevista à TSF -ou o antigo vice-presidente Marco António Costa, que tem estado afastado da vida partidária, ainda mantêm o silêncio.
Na atual legislatura, deixaram o parlamento destacadas figuras do PSD como Luís Montenegro, José Pedro Aguiar-Branco e Luís Campos Ferreiras, todos eles pondo fim (ou pelo menos em pausa) longos percursos parlamentares.
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