Bloco aprova programa eleitoral para as legislativas em 6 de julho
A Mesa Nacional do BE, órgão máximo do partido entre convenções, vai aprovar o programa eleitoral para as legislativas no dia 6 de julho, anunciou hoje a coordenadora bloquista, Catarina Martins.
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Política Bloco de Esquerda
"Foi decidido que a próxima Mesa Nacional, no dia 06 de julho, aprovará o programa do Bloco", afirmou Catarina Martins, em conferência de imprensa, em Lisboa, no final da reunião da Mesa Nacional.
A líder do partido indicou que a Comissão Política "tem estado a recolher contributos para o programa do Bloco de Esquerda às eleições legislativas de 2019, com muitos independentes, especialistas, ativistas", apontando que "esse debate continua até lá".
A par disso, "vai seguir-se também um processo de debate público aberto a todos os que queiram participar", acrescentou.
A coordenadora do BE aproveitou a ocasião para adiantar aos jornalistas alguns do eixos do programa.
"São objetivos do programa do Bloco de Esquerda democratizar a economia, pagar a dívida interna e investir na igualdade e na coesão, e é prioridade encontrar soluções concretas para a resposta à emergência climática e para a transição energética", afirmou.
Segundo Catarina Martins, a reunião de hoje da Mesa Nacional do BE serviu, entre outras coisas, para debater os eixos programáticos que o partido levará à campanha para as legislativas de 06 de outubro.
Para o BE, "só é possível ter uma economia mais justa com nova legislação laboral", dado que o salário "é a primeira forma de distribuição de rendimento".
Por isso, os bloquistas defendem "maior controlo público sobre os setores estratégicos da economia".
Quanto à dívida interna, esta "deve ser paga porque há uma enorme vulnerabilidade social em Portugal", com salários e pensões "baixos demais" e uma ausência "de serviços públicos que, no território, respondam às necessidades das populações".
Nesse sentido, é "necessário equilibrar os prato da balança", assinalou Catarina Martins.
"Investir na igualdade e na coesão é um eixo essencial e tem sido essencial na política do Bloco de Esquerda até agora", destacou, explicando que as lutas pela igualdade "continuam a ter sentido" e é preciso "que se coloquem também nas diferenças territoriais" porque o interior está "crescentemente desertificado", muitas vezes "por falta de investimento".
No que toca ao combate às alterações climáticas, a líder do BE salientou que "passou já o tempo das medidas de sensibilização para comportamentos individuais ou das medidas muito faseadas de alteração para conseguir neutralidade carbónica ou para combater de outras formas os problemas ambientais".
"Estamos a ficar sem tempo", indicou, assinalando que "Portugal deve fazer o sentido trabalho" e que o objetivo "da neutralidade carbónica tem de ser antecipado".
Para isso, defendeu, são necessárias "medidas concretas que travem a emissão de gases, que travem o plástico desnecessário", pelo que esta questão vai ocupar "boa parte" do programa bloquista.
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