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Cristas e Costa em debate sereno, com saúde e transportes na agenda

A líder do CDS-PP e o primeiro-ministro tiveram hoje, no Parlamento, um debate sereno sobre uma proposta dos centristas sobre saúde, em que Assunção Cristas e António Costa assumiram divergências sem a discussão subir de tom.

Cristas e Costa em debate sereno, com saúde e transportes na agenda
Notícias ao Minuto

18:08 - 06/06/19 por Lusa

Política Parlamento

Ao contrário do que aconteceu, ao longo de quase quatro anos, em muitos debates quinzenais com o primeiro-ministro, hoje o tom não foi crispado, apesar de a presidente centrista desafiar Costa a dizer se concorda com a proposta saída das jornadas parlamentares do partido, no Porto, de encaminhar doentes para o setor privado e social, de modo a conseguir uma primeira consulta de especialidade, combatendo, assim, as listas de espera.

A presidente do CDS começou a sua intervenção a enumerar os tempos de espera para consultas em várias especialidades em diversos hospitais, nalguns casos o tempo recomendado é de 150 dias e os doentes têm de aguardar 1.488, quase quatro anos.

Após ser questionado por três vezes, António Costa não se pronunciou, especificamente, sobre se concorda ou não com a ideia, o que levou Assunção Cristas a concluir pelas diferenças.

"Percebemos bem o que nos separa. A nossa preocupação é com todos os doentes mesmo", afirmou Cristas, contrapondo que a preocupação do Governo e do PS, "aliados às esquerdas mais radicais", é com o sistema.

Costa reconheceu que os números apresentados pela líder centrista impressionam, mas insistiu que há que "prosseguir este investimento de reforço de pessoal e de melhoria de prestação de serviços" no Serviço Nacional de Saúde.

E Assunção Cristas afirmou, pelo menos duas vezes, que a "preocupação do CDS está do lado dos doentes".

"Para nós, o mais importante não é o sistema, é o doente", disse ainda Cristas, que, ao fechar as jornadas, na terça-feira, no Porto, fez um discurso mais social, em que a precupação "são as pessoas", pouco mais de uma semana após as europeias em que o partido tevev 6,2% dos votos e ficou em quinto lugar.

A presidente dos centristas questionou, igualmente, o chefe do Governo sobre as Parcerias Público-Privadas (PPP) na saúde e o que vai fazer, renovar ou não, os acordos nos hospitais de Vila Franca de Xira e Loures.

A PPP para o primeiro não vai ser renovada e quanto ao Beatriz Ângelo, em Loures, a resposta foi menos concreta, dizendo apenas que as renovações serão avaliadas "caso a caso, em função de soluções em concreto".

O tom mais crítico foi mesmo usado quanto ao que Cristas definiu como "caos nos transportes", um dos temas centrais neste debate quinzenal de hoje, ao lamentar que "o Governo peça desculpa" e não tenha feito os investimentos para evitar os problemas.

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