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As "crises", o "poucochinho" e os "50% de mentira" que vieram a público

Rui Rio liderou a comitiva do PSD que esta quinta-feira esteve reunida com o Presidente da República.

As "crises", o "poucochinho" e os "50% de mentira" que vieram a público
Notícias ao Minuto

12:42 - 06/06/19 por Pedro Filipe Pina

Política Rui Rio

O líder do PSD falou aos jornalistas ao final da manhã desta quinta-feira, após encontro com o Presidente da República, em Belém.

O encontro com os partidos já estava agendado há semanas mas acontece numa semana marcada pelas declarações de Marcelo Rebelo de Sousa e Rio Rio. O Presidente alertou para uma potencial crise no seio da Direita portuguesa, a que o líder do PSD respondeu afirmando que a crise não é de Direita mas sim de regime.

Antes de este assunto ser abordado, o líder ‘laranja’ apontou críticas ao Executivo de António Costa. “Desde que este Governo entrou em funções, os serviços públicos tiveram uma degradação brutal”, afirmou Rui Rio, referindo-se depois mais em concreto a matérias como o Serviço Nacional de Saúde ou as demoras na documentação na Loja do Cidadão.

Mas também os passes gratuitos não escaparam a comentários. “Uma boa ideia transformada numa medida relativamente má porque baixaram os preços mas não oferecem às pessoas transportes como deve ser. Vão remediando”, disse.

Sobre as diferentes crises focadas por Rio e Marcelo, o líder do PSD admitiu que o tema foi referido. “Obviamente que não vou dizer o que o Presidente disse mas também não vou negar que se falou sobre isso, seria um bocado hipócrita”.

“A nossa leitura”, explicou, “não é assim tão distante da leitura do Presidente. Se dissermos que há uma crise na Direita, ponto final - essa não é a minha leitura. Mas se dissermos que há uma crise no regime, então há seguramente crise na Direita, como há na Esquerda, como também há no sistema de Justiça, por exemplo”.

A crise incide sobre os partidos todos, à Direita e à Esquerda”, defendeu. Sobre os resultados nas Europeias, onde CDS e PSD perderam força, diz Rui Rio que “uma coisa são os resultados e a aritméticas, outra coisa são as dinâmicas. Gerou-se uma dinâmica em cima do resultado parecendo que o PS teve um grande resultado e o PS subiu um-vírgula-poucos-por-cento”. “É também uma vitória por poucochinho”, disse ainda sobre a vitória dos socialistas.

Sobre se as culpas de um mau resultado foram atribuídas, no seio do PSD, à comunicação social e aos críticos internos do partido, Rui Rio afirmou que “a reunião das distritais é fechada e não é para as conclusões virem a público. O que veio a público é 50% verdade e 50% mentira, sendo que a parte que é mentira tinha interesse, quem passou a mentira, que fosse dita assim”.

As culpas do mau resultado são, na verdade, “repartidas”, com o líder a assumir a sua quota parte, “como é lógico”.

Rio voltou ainda a defender que faltam “reformas estruturais” no país e que para tal será necessário “um consenso alargado”, já que um partido com maioria absoluta, ainda assim, não seria suficiente.

Na quarta-feira, Marcelo já reunira com o CDS. Esta quinta-feira é a vez do PSD, PCP e PAN, estes últimos da parte da tarde. Amanhã será a vez do Bloco de Esquerda, Os Verdes e o PS.

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