O primeiro-ministro António Costa almoçou hoje, em Bruxelas, com o presidente francês, Emmanuel Macron, e os seus homólogos, os primeiros-ministros de Espanha, Pedro Sanchez, da Bélgica, Charles Michel, e da Holanda, Mark Rutte. Em cima da mesa terá estado a avaliação dos resultados das eleições europeias de domingo passado e a coordenação de posições para a escolha dos altos quadros da União Europeia, entre eles o presidente da Comissão Europeia.
À saída, o socialista afirmou que a conclusão das eleições europeias permitiram identificar quais são as principais preocupações e reorganizar a agenda do partido. para a Europa.
Segundo António Costa é necessária "uma agenda centrada em ter mais e melhores empregos, enfrentar as alterações climáticas, aumentar o investimento na inovação, gerir migrações", entre outros.
"Esta é a agenda que anseio construir como uma plataforma para construir uma maioria estável quer no Conselho como no Parlamento Europeu e que permita eleger uma nova comissão cujo presidente seja alguém uma enorme experiência executiva", disse, considerando que apesar de ser necessário "respeitar a posição do Parlamento Europeu", não considera que "seja difícil encontrar quem tenha este perfil e seja o interprete desta nova agenda e que permita uma mudança".
António Costa argumentou que "o executivo da União Europeia é a Comissão e, portanto, seria estranho que o presidente da Comissão não fosse alguém, como tem sido sempre, que tenha uma sólida experiência executiva, e de preferência ao nível nacional e ao nível europeu".
Nesta senda, Costa não teve medo em admitir que apoia "o candidato da minha família política".
"Acho que Frans Timmermans reúne estas condições. Tem uma grande experiência a nível governativo na Holanda, é uma pessoa que facilmente reúne consensos e consegue organizar uma boa equipa e unir todos em torno de um programa comum", atirou.
Já o 'Spitzenkandidat' do Partido Popular Europeu (PPE), Manfred Weber, "de facto não tem essas características", considerou.
Recorde-se que já ontem o primeiro-ministro traçou como sua principal prioridade a nível europeu a eleição do socialista holandês Frans Timmermans para a presidência da Comissão Europeia, considerando, em contrapartida, que o alemão do PPE (Partido Popular Europeu) Manfred Weber não tem condições para reunir esse consenso.