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"Papel do PAN é num registo geringonça, nunca de governo"

O PAN, um dos grandes vencedores da noite das eleições europeias, se não mesmo o grande vencedor, tem os ‘pés bem assentes na terra’ e admite que “neste momento” não está preparado para integrar um governo. O seu papel é outro, mas não menos importante, vinca o líder André Silva.

"Papel do PAN é num registo geringonça, nunca de governo"
Notícias ao Minuto

22:15 - 27/05/19 por Ana Lemos

Política PAN

Na noite eleitoral deste domingo, o PAN: Pessoas-Animais-Natureza mais do que duplicou os votos em comparação com os que tinha obtido nas eleições legislativas, passando de aproximadamente 75 mil para 165 mil votos. Destacou-se ainda como sexta força política mais votada e elegeu um eurodeputado.

No rescaldo das eleições, o líder do PAN, André Silva, esteve na antena da SIC onde falou sobre o resultado alcançado, fez um balanço da legislatura - que está prestes a terminar - , e traçou objetivos para o futuro cá e, a partir de agora, também em Estrasburgo junta da sua família política, os Verdes.

Lá fora, adiantou André Silva, o PAN lutará por uma "economia descarbonizada, não dependente de combustíveis fósseis, e que internalize custos". Esse vai ser o foco. "Com a nossa família europeia, os Verdes, queremos forçar a que os dois principais blocos, as duas principais famílias europeias, que não têm maioria, consigam convergir com as nossas políticas e que se caminhe para uma economia descarbonizada".

O resultado alcançado pelo PAN na noite deste domingo é, aliás, não só um "reconhecimento" do seu trabalho nos últimos anos, mas "uma tendência portuguesa" que está "a acompanhar as nossas propostas para os desafios que enfrentamos no século XXI e a que os partidos tradicionais não têm sido capazes de dar resposta".

E por cá, qual é o próximo objetivo do PAN?

Uma expetativa foi superada em 2015, com a eleição de um deputado para a Assembleia da República, quatro anos depois o PAN chega a Estrasburgo, "e há legitimas expectativas, como sempre tivemos, em eleger um grupo parlamentar".

"Dizemos, e afirmamos, que queremos mais responsabilidades, desde há vários anos, pedindo confiança às pessoas para termos um grupo parlamentar em outubro", reforçou André Silva, admitindo ser "natural que as expetativas se mantenham" depois do resultado das Europeias.

"O PAN não está preparado para ocupar uma solução de ocupação de lugares de governoApesar dessa ambição, os 'pés estão bem assentes na terra', e o PAN não arrisca 'voar muito alto'. Questionado sobre se alinharia numa solução governativa semelhante à geringonça, André Silva não exclui essa hipótese, até porque "o PAN não está disponível para estar décadas e décadas no Parlamento para fazer o papel de partido de oposição".

"Devemos ser construtivos mesmo que não contemos para a matemática parlamentar. Um partido político serve para estar a ocupar uma posição de poder ou para influenciar o poder. Esse é o papel do PAN neste momento e é aquilo que queremos continuar a fazer com mais força", afirmou o líder do partido, vincando, porém, que o fará sempre "num registo geringonça, nunca num registo de governo".

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