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Costa diz ter recebido "voto de confiança" e enaltece resultado esquerda
O secretário-geral do PS afirmou hoje que recebeu um "voto de confiança" nestas eleições europeias e considerou que os parceiros de esquerda que suportam a atual solução governativa também alcançaram um bom resultado.
© Lusa
Política PS
Esta análise foi feita por António Costa no seu discurso de vitória nas eleições europeias, em que o PS terá obtido cerca de 33,5% dos votos, subindo em mandatos face aos oito das eleições de 2014 e com o PSD a mais de 10 pontos percentuais de diferença.
"Recebemos um voto de confiança no PS e assumimos esse voto de confiança com humildade e profundo sentido de responsabilidade. Nestas eleições, é evidente a derrota muito clara que o PSD e o CDS-PP sofreram", apontou, antes de se referir especificamente ao PS e aos restantes partidos que suportam a atual solução governativa no parlamento: O PCP, o Bloco de Esquerda e o PEV.
"E é também muito claro que o PS, assim como os partidos que viabilizaram a atual solução governativa há três anos e meio, não tiveram essa derrota e tiveram uma vitória na noite de hoje", sustentou.
Já na conferência de imprensa, António Costa foi questionado sobre o resultado da CDU, que desceu, ao contrário do Bloco de Esquerda, mas nada disse sobre isso.
O secretário-geral do PS optou por destacar que "têm sido raras as vezes" em que um partido que se encontra no Governo vence eleições europeias.
"Interpretamos este resultado não como um cheque em branco, mas como uma exigência de responsabilidade, de determinação, de com mais energia prosseguirmos a mudança política iniciada há três anos e meio", disse.
Já no período de perguntas, António Costa foi questionado se está mais perto "do sonho" de uma maioria absoluta nas eleições legislativas, com o secretário-geral do PS a contrapor: "O único sonho que temos é conseguirmos cumprir tudo o que prometemos aos portugueses".
Mais à frente, o líder socialista referiu-se às eleições legislativas, desvalorizando as sondagens e alegando que os atos eleitorais "vencem-se com os votos que entram nas urnas".
Perante os jornalistas, António Costa reiterou o seu entendimento de que não é saudável para a democracia portuguesa a "formação de uma grande coligação" PS/PSD e deu sinais de pretender a continuidade da atual solução governativa.
"A atual solução governativa provou que assegurou uma boa estabilidade política, assegurou bons resultados do ponto de vista económico e social. Portanto, não há nenhuma razão para alterar aquilo que tem produzido bons resultados", acrescentou.
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