Demissão de May e 'Brexit" são sinais preocupantes
O cabeça de lista do CDS-PP às europeias considerou hoje que a demissão da primeira-ministra britânica, Theresa May, e o 'Brexit' são sinais "dos tempos" muito preocupantes e do que há a fazer na União Europeia (UE).
© Global Imagens
Política Nuno Melo
"O 'Brexit' é um sinal muito nítido de um momento muito preocupante", afirmou Nuno Melo, em Penafiel, distrito do Porto, minutos depois de ser conhecida a demissão de May, em Londres, à margem da primeira ação de campanha eleitoral para as europeia de domingo.
Sem comentar a situação interna no Reino Unido, o eurodeputado preferiu analisar a saída da primeira-ministra no contexto europeu e enquadrar o ´Brexit' no quadro das eleições para o Parlamento Europeu, que se realizam no domingo em Portugal.
"Essa demissão neste dia mostra e ajuda a perceber tudo aquilo que está em jogo nestas eleições europeias", disse, pelo impacto e "confusão" que o 'Brexit' terá, com um "impacto muito incerto quer para os britânicos quer, seguramente, para a UE.
E lembrou que o Reino Unido é um mercado com 70 milhões de consumidores, um aliado na Europa, "potência que ajudou à vitória das democracias", alertando para os extremismos que é preciso combater no continente europeu através do voto nestas eleições.
"Quem valoriza quem somos, quem aposta neste espaço comum, que é de partilha de livre circulação de bens, pessoas, capitais, de oportunidades, de fim de fronteiras, tem mesmo que votar e é por isso que eu também digo quem quer combater o extremismo não se pode abster, porque os extremismos estarão todos nas urnas", disse.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou hoje que vai demitir-se da liderança do Partido Conservador, desencadeando uma eleição interna cujo vencedor vai assumir a chefia do governo.
A demissão da liderança deverá tornar-se efetiva a 10 de junho, iniciando os procedimentos, que passam, numa primeira fase, por uma série de votações dentro do grupo parlamentar que eliminam progressivamente os vários candidatos a apenas dois, que depois serão sujeitos ao voto de todos os militantes do partido.
May já tinha prometido em março que iria sair, mas na altura pediu para "acabar o trabalho", assumindo como missão implementar o resultado do referendo de 2016 que determinou o 'Brexit'.
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