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MAS recusa Geringonça porque "abre porta" à extrema-direita

O cabeça de lista do MAS às eleições europeias, Vasco Santos, defendeu hoje uma "Europa para os 99%" numa candidatura "anticapitalista", argumentando que a solução de Governo atual abre portas à extrema-direita em Portugal e não é exportável.

MAS recusa Geringonça porque "abre porta" à extrema-direita
Notícias ao Minuto

21:38 - 23/05/19 por Lusa

Política Eleições Europeias

"Quem acha que esta solução de Governo é uma solução de Esquerda, é uma solução que pode ser exportada para a Europa, está enganado. Na verdade, com isto estamos a abrir caminho e a abrir portas, para que a extrema-direita fique aqui em Portugal, extrema-direita que foi corrida com muito sangue e suor dos nossos pais, dos nossos avós", defendeu Vasco Santos.

O primeiro candidato do MAS (Movimento Alternativa Socialista) falava no encerramento de um comício no Largo do Intendente, em Lisboa, que reuniu algumas dezenas de apoiantes naquele espaço da freguesia mais multicultural da capital.

"Temos um problema nesta Europa, que é o crescimento da extrema-direita. Pois bem, esta suposta solução de Esquerda, que chamam de Esquerda, que é a Geringonça, que teve orçamentos em que nós sabemos que, de facto, deram milhares de milhões para os banqueiros, para a banca, é um bom exemplo da Europa que temos, a Europa dos Berardos, dos Ricardos Salgado, esta não é a Europa que nós queremos", sustentou.

Vasco Santos criticou que, para a banca "há sempre milhares de milhões, mas para os professores não há dinheiro, para os enfermeiros não há dinheiro, para os auxiliares não há dinheiro, para os estivadores não há dinheiro".

"Há sim, contratos precários. Há, sim, salários de miséria. Há, sim, uma exploração constante", afirmou.

O MAS, partido que teve origem numa dissidência do BE, defende "uma Europa para os 99%", expressão que designa a maioria da população trabalhadora, e propõe a gratuitidade dos transportes públicos e um salário mínimo europeu.

Nas intervenções que antecederam a do cabeça de lista, a candidata Sílvia Franklim fez um discurso centrado nos direitos das mulheres, defendendo que entre 0,5% a 1% do Orçamento do Estado seja alocado a medidas para combater a violência contra as mulheres e proteger as vítimas.

Gil Garcia, o histórico dirigente da Rutura/FER (Frente de Esquerda Revolucionária), também interveio, desenvolvendo a tese segundo a qual o peso da dívida pública em Portugal vai obrigar a medidas de austeridade por parte de uma "geringonça 2", uma reedição do governo do PS com apoio parlamentar do BE, PCP e PEV, o que, disse, conduzirá ao crescimento da extrema-direita.

Essa foi também uma das ideias centrais da intervenção do cabeça de lista, que atacou o primeiro candidato da coligação Basta, André Ventura: "Não se fez o 25 de Abril para que tenhamos um senhor chamado André Ventura a querer criar milícias para perseguir portugueses pobres".

Vasco Santos definiu a candidatura do MAS como "anticapitalista, antirracista, e feminista" dos "trabalhadores e das trabalhadoras, das ciganas e dos ciganos, dos negros e das negras, dos LGBT" (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero), aos quais pediu "um voto de esperança".

Nas eleições europeias de domingo, Portugal elege 21 deputados ao Parlamento Europeu.

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