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Clima: Marisa Matias pede aos jovens que traduzam grito em voto

A primeira candidata do BE às europeias, Marisa Matias, pede aos jovens que não desistam das manifestações pelo clima, mas avisa que se no domingo não se mobilizarem "para traduzir esse grito em voto, vão ter mais do mesmo".

Clima: Marisa Matias pede aos jovens que traduzam grito em voto
Notícias ao Minuto

09:59 - 23/05/19 por Lusa

Política Ambiente

O combate às alterações climáticas é, precisamente, um dos três pilares do BE para estas eleições europeias, tendo Marisa Matias falado com a agência Lusa a propósito da greve mundial de estudantes pelo clima, marcada para sexta-feira.

"O que eu tenho a dizer a esses jovens é que não podemos restringir a política ao espaço das instituições, ela tem que ser feita também a partir das ruas e é fundamental que continuem a fazer as suas manifestações e reivindicações, mas que se não se mobilizarem para traduzir esse grito em voto, o que vão ter é mais do mesmo, e não é apenas com as manifestações que vão conseguir mudar o sistema e o sistema tem que ser mudado", avisou.

Assim, a eurodeputada bloquista recandidata pede aos jovens que não desistam das manifestações porque "essa pressão é precisa na rua".

"Mas, ao mesmo tempo, não desperdicem o direito que têm, que é o direito de voto, para poderem ajudar realmente a começar o combate às alterações climáticas", apela.

Este grito dos jovens, na perspetiva de Marisa Matias, "é necessário", lembrando que começou por "assistir a essas greves climáticas a partir de Bruxelas e as ruas enchiam".

"É um grito fundamental, é mesmo uma das questões políticas centrais, como aliás, provavelmente, já vos tenho maçado muito ao longo desta campanha", aponta, em jeito de brincadeira, referindo-se aos discursos que tem feito ao longo desta campanha.

A 'número um' da lista do BE ao Parlamento Europeu espera que "essa força, essa voz e essa reivindicação seja traduzida também em capacidade de decisão e de interferir na decisão política".

"Esses jovens encontrarão no Bloco de Esquerda, seguramente, a certeza do trabalho feito no combate às alterações climáticas. Não é de agora, começou há muito tempo e há o reconhecimento das organizações não governamentais que nos classificaram de campeões do clima no Parlamento Europeu pelas tomadas de posição, pelos votos, pelas resoluções apresentadas", garante.

Marisa Matias deixa claro que não é só o BE que fala de alterações climáticas, mas assegura que aos jovens que "podem ter total confiança" no trabalho dos bloquistas, que não estão "a vender gato por lebre".

"Por isso, acho que devem é olhar para os programas todos, de todos os partidos e verem as propostas que são feitas e seguramente que haverá algum que se aproximará mais das suas preocupações e encontrarão razão para se levantar e irem votar no dia 26", apelou.

Para a eurodeputada do BE "quando estes jovens ganharem a consciência que o seu voto vale tanto como o voto de cada um dos poderosos e que são muitos mais", há uma possibilidade e "uma oportunidade de mudar o sistema", o que vê como "uma excelente razão para ir votar".

Marcada para 24 de maio, a segunda greve mundial de estudantes pelo clima pretende mais uma vez exigir dos políticos ações concretas contra as alterações climáticas e deverá levar para as ruas milhares de alunos de todas as idades em todo o mundo.

A primeira greve de estudantes pelo clima aconteceu a 15 de março deste ano e juntou, segundo a organização, pelo menos 1,6 milhões de jovens de 125 países, incluindo Portugal, onde se realizaram protestos em mais de 20 cidades.

Os estudantes inspiram-se na jovem ativista Greta Thunberg, de 16 anos, que todas as sextas-feiras falta às aulas, indo para junto do parlamento da Suécia em protesto contra o que chama de "crise climática".

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