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"Quem vive na precariedade vive com medo"

A coordenadora do BE, Catarina Martins, apelou esta noite ao voto de todos os trabalhadores precários do país, apontando o combate à precariedade como a grande prioridade do partido também na União Europeia porque quem vive nesta situação "vive com medo".

"Quem vive na precariedade vive com medo"
Notícias ao Minuto

00:34 - 23/05/19 por Lusa

Política Catarina Martins

Depois de uma quarta-feira em que o BE foi alvo de críticas quer do CDS-PP quer do PS - e concretamente do primeiro-ministro, António Costa - Catarina Martins focou praticamente todo o seu discurso da noite de quarta-feira, no comício da Incrível Almadense, no combate à precariedade e não respondeu a qualquer uma das acusações.

"Quem disser que as eleições europeias não são sobre o emprego, está a mentir", atirou, garantindo que o combate à precariedade "é a prioridade do Bloco aqui e na União Europeia" porque "quem vive na precariedade vive com medo".

A coordenadora do BE aproveitou o seu discurso para o já habitual apelo ao voto que tem feito sempre que toma a palavra nos comícios da campanha que tem Marisa Matias como cabeça de lista.

"Apelo a todos os trabalhadores precários deste país. A todos os que sabem como impera a lei da selva no trabalho. As eleições europeias são convosco, as eleições europeias são com os precários e as precárias", exortou.

Porque "só há democracia quando há direitos do trabalho", o apelo de Catarina Martins "é que ninguém fique em casa no domingo, que toda a gente use o seu poder".

"O voto do trabalhador temporário no 'call center' vale exatamente o mesmo que o voto do CEO da Altice, o voto do bolseiro vale exatamente o mesmo que o voto do reitor que não lhe quer dar um contrato de trabalho, o voto daquelas mulheres de cacilheiro de que falava a Joana Mortágua, o voto daquela mulher que se levanta ainda de noite para apanhar o barco e ir limpar o banco vale tanto como o voto do banqueiro", elencou.

Como "voto é poder e voto é força", a líder do BE tem uma ideia para futuro: "apesar das pressões e dos patrões, apesar do que queira a Comissão Europeia ou o Eurogrupo vai ser outro dia, um dia que trocamos a precariedade pela dignidade".

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