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Rangel diz que PSD "não precisa de esconder" os seus antigos líderes

O cabeça de lista social-democrata às eleições europeias, Paulo Rangel, afirmou hoje que o PSD "não precisa de esconder" os seus antigos líderes, considerando que o PS "provavelmente" não pode dizer o mesmo.

Rangel diz que PSD "não precisa de esconder" os seus antigos líderes
Notícias ao Minuto

14:59 - 20/05/19 por Lusa

Política PSD

Intervindo num almoço com apoiantes e militantes em Bicesse, Cascais, Paulo Rangel começou por agradecer a presença do ex-presidente do partido e ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, afirmando que ficou "feliz" quando o atual presidente, Rui Rio, lhe disse que o tinha convidado "para falar neste espaço".

Rangel partiu daí para apresentar "mais uma" diferença do PSD face ao PS: "Hoje nós podemos dizer uma coisa que provavelmente os socialistas não podem dizer, é que nós não precisamos de esconder os nossos antigos líderes e temos muito orgulho neles".

O cabeça de lista do PSD às europeias respondeu desta forma ao PS, que no sábado e pela voz do dirigente Miguel Alves, afirmou que a participação de Passos Coelho na campanha social-democrata "é o indício sobre a vontade de regresso ao poder da corrente dos "cortes".

"Eles vieram criticar-nos porque Pedro Passos Coelho, com o legado que trouxe para Portugal e para a Europa, mostrou como os interesses nacionais não têm de colidir com os interesses europeus", disse Range.

"E nós não temos nenhum receio nem estamos incomodados nem temos nenhum problema, nem nenhum tabu, em trazer os nossos antigos líderes à campanha, para nós isso é normal porque o legado do PSD é um legado bom para o país e é um legado do qual nos orgulhamos e não temos vergonha", disse, suscitando os aplausos dos apoiantes.

Voltando ainda a uma crítica que tem sido habitual nos seus discursos na campanha, Rangel acusou o PS de "esconder" o seu cabeça de lista às eleições para o parlamento europeu, que disse que anda "num `side-car´" e à "boleia ou a reboque".

"Nós não temos de secundarizar nem de esconder ninguém, nem os candidatos nem os antigos líderes. Nós temos uma história que fala por nós, uma lista que fala por nós e não temos nenhuma razão para fazer os tais jogos de sombras e os tais truques que o PS e o seu líder estão a fazer nesta campanha", declarou.

Manifestando-se de "consciência tranquila" por o PSD "não ter nada nem ninguém a esconder, ou para pôr atrás do biombo ou atrás dos arbustos", Rangel apelou aos militantes da distrital de Lisboa para que "campanha até ao final de sexta-feira" para que "António Costa saia derrotado mais uma vez nas eleições".

O primeiro candidato da lista do PSD às europeias disse que as eleições são uma oportunidade "também um cartão amarelo à censura, à demagogia, à falta de sentido de responsabilidade, à falta de competência e abandono a que o Governo votou os serviços públicos essenciais" e à forma "pouco séria e própria de artista com que tem tratado os portugueses".

O candidato manifestou-se confiante no resultado das eleições, afirmando que o PSD tem "uma visão positiva da Europa, mas uma visão realista" que não promete um "novo contrato social idealista, completamente desfasado da realidade, que toda a gente sabe que não pode na Europa em caso algum criar-se um mega estado social para dar todos os direitos sociais a todos".

"Ao contrário, nós sabemos que quando há problemas comuns aos países europeus, talvez seja possível desenhar estratégias comuns", disse, dando o exemplo da natalidade e os "problemas demográficos" e ainda da criação de um programa comum de luta contra o cancro.

Contudo, sustentou, "não é possível criar um contrato social e um serviço europeu de saúde" como, afirmou, pretende o PS.

As alterações climáticas que "são por excelência um problema comum", disse, é outra área em que o PPE, família política europeia na qual se integra o PSD, identifica a possibilidade de "um combate comum", apostando na "transição para as energias limpas e renováveis".

Paulo Rangel disse ainda que o PSD está "totalmente firme" na recusa dos cortes dos fundos europeus "que o PS se mostrou disponível para aceitar".

"E por isso no Parlamento Europeu já aprovámos a posição em que Portugal não perde um cêntimo, enquanto com a Comissão Europeia perdemos 7% do fundo de coesão e perdemos 25% e 10% no segundo e no primeiro pilar da política agrícola comum", declarou, sublinhando que foi o PPE a conseguir "que o Parlamento Europeu tomasse a decisão contrária à da Comissão Europeia e do PS e do seu cabeça de lista Pedro Marques".

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