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Rangel não quer o "Paulinho das feiras" mas sente "à vontade" na confusão

O cabeça de lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, rejeitou hoje que possa vir a tornar-se num novo "Paulinho das feiras", mas diz sentir-se "muito à vontade" nestes ambientes.

Rangel não quer o "Paulinho das feiras" mas sente "à vontade" na confusão
Notícias ao Minuto

12:20 - 17/05/19 por Lusa

Política Trancoso

Durante uma visita à feira de Trancoso, os jornalistas perguntam se já se sente mais à vontade nos contactos com as pessoas e o candidato quer esclarecer o que diz ser "um misunderstandig" (mal-entendido).

"Eu sempre estive à vontade, aí há um 'misunderstanding', uma ligeira confusão, sempre estive à vontade. Mas 'Paulinho das feiras', isso já é muito à vontade, demasiado à vontade. Mas à vontade sempre estive", afirma.

"Paulinho das feiras" era a alcunha do ex-líder do CDS-PP, Paulo Portas, que em campanha fazia questão de incluir muitas visitas a feiras e mercados na sua agenda.

Questionado se se sente "mais solto" a discursar no palco, Rangel salienta que nesses locais fala para pessoas que lá foram para o ouvir.

"Num ambiente de feira, a pessoa tem de dizer bom dia e boa tarde, também não quero estar a incomodar as pessoas, estão a comprar. É diferente de estar num sítio onde as pessoas foram para nos ouvir, aqui vimos também ouvir as pessoas", explicou.

O candidato acha que é possível ainda ganhar eleitores com este tipo de ações, mas o apelo que faz é sobretudo para que votem no dia 26 de maio e diz notar "uma diferença muito grande" na informação sobre as eleições.

"Sinceramente cada vez vejo mais gente a saber [a data], é uma diferença para o início. Nota-se que as pessoas estão mais conscientes, também tem a ver com os meios de comunicação social estarem agora a fazer uma cobertura grande", considerou.

Questionado sobre dois casos noticiados na quinta-feira pelos media -- um da TVI que levanta suspeitas de gestão danosa do INEM e outro do Observador sobre desvio de fundos do Parlamento Europeu por parte de um funcionário do PS -, Rangel deu a mesma resposta: "À justiça o que é da justiça, à política o que é da política", escusando-se a fazer mais comentários.

O candidato chegou à feira de Trancoso antes das 10:00 e a primeira coisa que fez mal saiu do carro foi vestir mais uma camisola para enfrentar os 8º graus que se faziam sentir, acompanhados de um vento cortante.

A estratégia de Paulo Rangel nas feiras tem sido idêntica: o candidato vai cumprimentando pessoas a quem distribui informação sobre a candidatura sempre acompanhada de uma caneta -- mal acaba o 'stock', procura logo quem lhe dê mais -- e explica ao que vai: "Estamos na campanha das europeias, no dia 26 de maio é preciso ir votar".

Como habitualmente nestes ambientes encontrou eleitores já convencidos -- "o meu já está certo, se Deus quiser" ou "este é dos nossos" -, outros indiferentes e outros mais críticos: "Se fossem mas era trabalhar..." ou "se cada um comprasse 10 quilos de carne, já davam andamento à casa".

Rangel esteve sempre acompanhado do candidato europeu Álvaro Amaro, que tem o mandato suspenso como presidente da Câmara da Guarda, e alguns iam perguntando pelo "sr. Amaro".

"E o Passos Coelho?", perguntou também um senhor, emigrante em França.

Eram poucos os compradores da feira, num distrito que tem vindo a perder população, mas a caravana do PSD ainda fez inversão de marcha duas vezes para não se cruzar com elementos de campanha do PS. Também a CDU terá apostado no mercado semanal de Trancoso, já que eram várias as pessoas que tinham a propaganda dos comunistas, mas não rejeitavam a dos sociais-democratas.

Os cânticos da Juventude Social-Democrata iam animando a iniciativa e faziam questão de que ninguém saísse da feira sem saber o nome do seu candidato: "Qual é, qual é, o nome do candidato/bem sabemos o seu nome, ele é o Paulo Rangel".

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