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CDS questiona Governo sobre segurança da Ponte da Arrábida no Porto

O grupo parlamentar do CDS questionou o Governo sobre a segurança, monitorização e calendário de manutenção da Ponte da Arrábida, Monumento Nacional, depois da queda de pedaços de argamassa da estrutura na marginal do Porto, foi hoje divulgado.

CDS questiona Governo sobre segurança da Ponte da Arrábida no Porto
Notícias ao Minuto

13:19 - 16/05/19 por Lusa

Política Monumentos

Na questão entregue na Assembleia da República na quarta-feira, os "centristas" perguntam ao Ministério das Infraestruturas e da Habitação se "tem na sua posse relatórios do LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil], ou de outra entidade pública, que garantam a segurança daquela infraestrutura", e "qual a data do último relatório ou avaliação técnica" feita à travessia sobre o rio Douro.

O CDS quer ainda saber os motivos da necessidade de uma "intervenção imediata" da Infraestruturas de Portugal [IP] na travessia, quando foi referido que "o problema não é estrutural".

Na quarta-feira, após a Câmara ter cortado a circulação junto ao Douro na zona da travessia, a IP garantiu à Lusa que a segurança da utilização da ponte não estava em causa e revelou também que a Ponte da Arrábida tem sido objeto de inspeções regulares, a última em 2013, estando prevista para este ano uma nova inspeção principal.

O CDS pergunta "qual a data da última intervenção de manutenção realizada" na ponte, referindo que o Governo "tem 30 dias" para responder.

A "frequência com que o LNEC e outras entidades procedem à monitorização e realização de relatórios que permitem ao Estado aferir a segurança das obras de arte em Portugal" é outra das questões dos deputados do CDS Cecília Meireles, Pedro Mota Soares, Álvaro Castello-Branco e Hélder Amaral.

O CDS questiona ainda se o Governo "tem algum plano de ação conjunto entre o LNEC e a IP que permita estabelecer um calendário de manutenção específico para cada obra de arte".

Os deputados sustentam que "faz sentido que as intervenções de manutenção possam antecipar cenários como o que acaba de se viver no Porto, sendo até desejável que o Governo tenha planos de ação e de monitorização destas infraestruturas públicas".

No documento, o CDS defende que o Ministério das Infraestruturas devia, "em conjunto com o LNEC, desenvolver uma série de mecanismos públicos de monitorização e acompanhamento das obras de arte".

O objetivo seria "um plano de manutenção coordenado com a IP, designadamente para proceder a ações periódicas de manutenção das pontes rodoviárias e ferroviárias".

A IP concluiu hoje de madrugada os trabalhos de remoção controlada do betão destacado da Ponte da Arrábida, "de modo a impedir o desprendimento de novos blocos ou pedaços", levando ao restabelecimento da circulação automóvel na marginal do Porto (Rua do Ouro, entre os jardins do Calem e a Rua Dom Pedro V), informou a autarquia.

A IP revelou também na quarta-feira à Lusa que tem contrato com o LNEC para "a realização de inspeções anuais às Obras de Arte especiais, nas quais se inclui a Ponte da Arrábida, sendo que o último relatório de inspeção do LNEC a esta estrutura é de janeiro de 2019".

A IP acrescentou que a Ponte da Arrábida, construída em 1963 com projeto de Edgar Cardoso, foi "objeto de intervenção em 2003 para correção de anomalias, algumas das quais associadas à corrosão das armaduras".

A Ponte da Arrábida é Monumento Nacional desde 2013.

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