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Pedro Marques acusa Paulo Rangel de ter "grande vontade" de fazer "ruído"

O cabeça de lista europeu do PS, Pedro Marques, acusou hoje o seu adversário direto do PSD, Paulo Rangel, de ter "grande vontade" de fazer "ruído", contrapondo que os socialistas estão na campanha eleitoral "pela positiva".

Pedro Marques acusa Paulo Rangel de ter "grande vontade" de fazer "ruído"
Notícias ao Minuto

11:04 - 14/05/19 por Lusa

Política Europeias

Pedro Marques falava aos jornalistas após ter visitado uma exposição alusiva aos 50 anos de existência do Diário do Sul, na Praça do Giraldo, onde também, durante escassos minutos, numa ação improvisada, cumprimentou algumas pessoas que passeavam pelo centro histórico de Évora.

O cabeça de lista do PS foi então confrontado pelos jornalistas sobre a possibilidade de ser em breve indicado pelo Governo português para o cargo de comissário europeu, não cumprindo assim o seu mandato como deputado no Parlamento Europeu - uma hipótese que tem sido colocada pelo "número um" da lista social-democrata.

Perante esta ideia de Paulo Rangel, Pedro Marques primeiro riu-se e optou depois pelo contra-ataque: "Essa ideia vem de uma grande vontade de fazer ruído na campanha - e essas coisas eu não valorizo".

"Sou candidato ao Parlamento Europeu, quero esclarecer as pessoas e obter uma grande vitória eleitoral para o meu partido. O resto é ruído próprio de campanha e não vale mais do que isso", sustentou.

Os jornalistas insistiram se o ex-ministro socialista está ou não em condições de garantir que será deputado europeu por cinco anos.

"Posso garantir que sou candidato ao Parlamento Europeu. Foi para isso que fui convidado", reagiu, tentando encerrar a questão.

Pedro Marques foi também confrontado com a crítica de que o PS está a evitar fazer campanha na rua nestas eleições europeias, com o "número um" socialista a recorrer à ironia, considerando esse tema "absolutamente extraordinário".

"Esse tema é próprio de campanhas eleitorais quando os outros partidos não têm mais nada para dizer. Temos feito dezenas e dezenas de ações de rua, estamos a fazer uma campanha positiva, de esclarecimento das pessoas e a falar com trabalhadores", argumentou.

De acordo com o cabeça de lista europeu do PS, além de campanha de rua, os socialistas portugueses estão também a fazer "uma campanha muito forte nas redes sociais, apelando às pessoas para participarem".

Aliás, o apelo à participação eleitoral foi uma das poucas mensagens que Pedro Marques transmitiu nas breves conversas que manteve no centro de Évora, na sua maioria com cidadãos idosos.

"É muito importante que vão votar no dia 26. Há muita coisa que se decide na Europa", alegou o "número um" do PS, em que também tentou explorar o facto de o sétimo da sua lista ser do Alentejo, Carlos Zorrinho.

"Tenho aqui ao meu lado um grande alentejano [Carlos Zorrinho], que foi um excelente coordenador dos eurodeputados do PS e que é um grande ativo da sua lista", afirmou.

Pedro Marques começou o dia na Praça Giraldo, onde tomou café, com uma visita a uma exposição alusiva aos 50 anos do Diário do Sul.

Viu com atenção a primeira página feita no dia 25 de Abril de 1974 e sorriu quando leu uma manchete desse jornal, de 1982, a destacar a presença de alguns dos seus repórteres na União Soviética.

No final da visita, o cabeça de lista do PS foi questionado se aceita que parte das receitas de uma eventual taxa a aplicar às multinacionais do digital sirvam para apoiar a imprensa.

"A questão das receitas próprias relativamente ao orçamento europeu é uma das que estamos disponíveis a debater. Consideramos que deve existir desde logo como receita do orçamento da União Europeia para que as políticas tradicionais possam continuar a existir, apesar da saída do Reino Unido", respondeu.

Em concreto, no que respeita à atual situação fiscal na União Europeia dos chamados "gigantes tecnológicos" e do setor financeiro, o ex-ministro socialista voltou a defender que "há espaço e condições para que exista uma tributação coordenada ao nível europeu".

"Com isso, também introduziremos um pouco mais de concorrência no funcionamento do setor e defenderemos um pouco mais a produção de informação em cada país. Nesta matéria, o mais importante é haver condições para oi funcionamento da imprensa livre, concorrência livre e, ao mesmo tempo, se possível, receitas próprias para a União Europeia", acrescentou.

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