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Europeias: PSD e CDS nas feiras, mas PS sem medo da rua

Num primeiro dia de campanha oficial sem temas quentes na agenda, PSD e CDS-PP recuperaram hoje a tradição de ir a feiras, com o PS a preferir os espaços fechados, embora recuse estar a fugir da rua.

Europeias: PSD e CDS nas feiras, mas PS sem medo da rua
Notícias ao Minuto

19:30 - 13/05/19 por Lusa

Política Campanha

"Melinho das feiras? Não, não me importo, pelo contrário. Mas, o original [Paulo Portas] é o melhor", disse Nuno Melo aos jornalistas, quando lhe perguntaram se se importava que lhe chamassem "Melinho das feiras", entre uma banca de sapatos e outra de roupa, na feira de Ponte de Lima, distrito de Viana do Castelo.

De qualquer forma, mesmo entre sapatos ou roupa, o cabeça de lista do CDS-PP disse lembrar-se sempre dos adversários e prometeu, com ironia, não esquecer Pedro Marques, "número um" do PS, ao contrário do que fizeram o líder socialista, António Costa, e o candidato à Comissão Europeia Frans Timmermans.

Um pouco mais a sul, em Espinho, foi também numa feira que o PSD deu o 'tiro de partida' na campanha oficial para as eleições de 26 de maio, com o cabeça de lista, Paulo Rangel, a contar com a ajuda do antigo dirigente do partido Luís Montenegro, que pediu um "cartão amarelo" ao Governo, que se transforme num "cartão vermelhos" nas legislativas.

Enquanto isso, Paulo Rangel ia ouvindo palavras simpáticas dos feirantes: "ai está tão magrinho, tão bonito".

Já à tarde, o 'palco' da campanha do PSD passou para o número cinco da lista, Álvaro Amaro, que recusou ter elogiado Pedro Marques enquanto ministro responsável pelos fundos comunitários, dizendo que se limitou a "aplaudir" que o atual Governo não tenha revertido uma medida do anterior executivo.

"Mal vai a campanha do Pedro Marques quando tem de recorrer a uma inverdade", acusou, depois de o candidato socialista ter afirmado que Álvaro Amaro, enquanto presidente da Câmara da Guarda, elogiou a sua ação no atual Governo socialista para a requalificação e modernização das ferrovias da Beira Alta e Beira Baixa - um investimento que estimou em mais de 70 milhões de euros.

Pelo interior, a caravana do PS seguiu entre uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Bragança e um almoço com autarcas na Guarda, mas Pedro Marques negou estar a fugir à campanha de rua e acusou o seu adversário direto do PSD de ter "um problema com a verdade" e "falta de empatia".

"Paulo Rangel tem sido um especialista em maledicência e tem talvez um problema com a verdade. Ando literalmente há três meses na rua a falar com pessoas em todo o país", contrapôs o candidato socialista, antes do almoço na Guarda, onde haveria de lembrar os elogios de Álvaro Amaro ao atual executivo socialista.

Mais ou menos à mesma hora, mas em Lisboa, a cabeça de lista do BE às europeias, Marisa Matias, deixava um aviso: se a campanha for marcada por ataques pessoais ou piadas, a abstenção vai aumentar.

Por isso, defendeu, o que se deve fazer é discutir-se política, apesar de não ser tão "engraçadinho", numa referência à resposta ao secretário-geral do PS, António Costa, que criticou os "candidatos engraçadinhos" da direita.

O cabeça de lista da CDU, João Ferreira, preferiu juntar num mesmo grupo os seus concorrentes "engraçados" de PS, PSD e CDS-PP, afirmando que estiveram sempre juntos nos sentidos de voto no Parlamento Europeu contra o interesse nacional.

"Há aí quem esteja neste momento muito atarefado a tentar mostrar diferenças, a encenar divergências e vale tudo: desde se os candidatos são mais ou menos engraçados, se aparecem mais ou menos os candidatos de uns ou outros, se as direções partidárias dão mais importância a uns ou outros. Vale tudo para esconder o essencial", reclamou João Ferreira, durante uma ação de campanha em Palmela.

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