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PS acusa Governo de Passos de ignorar problemas no SIRESP

O PS defendeu hoje que o Governo anterior "nada fez" para resolver os problemas do SIRESP, enquanto o primeiro-ministro insistiu na necessidade da reforma florestal e consciência de comportamentos negligentes devido ao "risco estrutural grave" de incêndio.

PS acusa Governo de Passos de ignorar problemas no SIRESP
Notícias ao Minuto

19:13 - 13/05/19 por Lusa

Política Debate

"Falemos de comunicações e do SIRESP [Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal], cujos problemas o Governo anterior conhecia mas nada fez para os resolver. A verdade é que em 2018 a sua resiliência foi duplicada com a aquisição de quatro novas estações móveis, foram resolvidas soluções de redundância da comunicação satélite em 451 estações base e os bombeiros têm 100% de cobertura do SIRESP GL", afirmou Susana Amador.

No debate quinzenal com o primeiro-ministro, António Costa, no parlamento, o PS fez duas intervenções, interligadas, sobre incêndios, alterações climáticas e a importância da reforma da floresta e do seu cadastro.

Na resposta à vice-presidente da bancada socialista Susana Amador, António Costa sublinhou que, enquanto não for concretizada uma reforma da floresta, "o país estará sempre sob um risco estrutural grave".

"Não vale a pena ter qualquer tipo de ilusão, o país pode ter o maior número de meios aéreos de combate aos incêndios, pode ter todas as Forças Armadas e todos os elementos das forças de segurança no terreno, pode ter os melhores sistemas de comunicação", argumentou o primeiro-ministro, sublinhando também a ameaça das alterações climáticas.

"Como as alterações climáticas não são uma fantasia, nem é algo abstrato, o risco aumenta todos os anos, conforme se agrava o risco climático", afirmou.

O chefe do executivo disse que há quem use a "demagogia de dizer 'garante ou não garante que não há mais incêndios'", uma atitude que revela falta de consciência sobre o "problema estrutural, de quais são as causas das ignições de cada incêndio", e de que se vive "sob um risco permanente".

"A pior mensagem que podemos transmitir ao país é esta falta de consciência sobre o risco", apelando a uma aprendizagem coletiva sobre as condições em que se podem fazer queimadas, porque, sublinhou, "a esmagadora maioria dos incêndios, têm origem na negligência do comportamento comum".

O deputado do PS João Marques interveio sobre a "irresponsabilidade política" que constitui "ignorar as alterações climáticas, argumentando que "o correto ordenamento florestal do território é fundamental" pois "potenciará o aumento dos sumidouros de carbono, ao mesmo tempo que reduzirá a ocorrência de incêndios de grande dimensão".

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