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Europeias: MAS critica exclusão em debates e pressiona SIC

Movimento Alternativa Socialista acusa a televisão de usar critérios "nitidamente políticos" para dar maior palco a partidos da Direita.

Europeias: MAS critica exclusão em debates e pressiona SIC
Notícias ao Minuto

16:55 - 09/05/19 por Melissa Lopes

Política Eleições

O Movimento Alternativa Socialista (MAS), um dos 17 partidos que vão a eleições no próximo dia 26 de maio, manifestou esta quarta-feira a sua insatisfação perante o facto de não ter sido convidado para o debate entre os pequenos partidos, na SIC, e que juntou apenas sete forças políticas (Aliança, Livre, PAN, Iniciativa Liberal, Nós, Cidadãos, coligação Chega e PCPT/MRPP).

Excluído deste painel, o MAS dirigiu-se esta quarta-feira às instalações da SIC, tendo inclusive falado diretamente com o diretor de informação do canal, Ricardo Costa, exigindo-lhe “que seja agendado ou um novo debate com os partidos excluídos ou outras peças e/ou entrevistas que possam reequilibrar a desigualdades de critérios”.

A par dessa exigência, o partido, cujo cabeça de lista às europeias é Vasco Santos, apresentou queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).

O MAS refere ainda que contactou os outros partidos excluídos – à excepção do PNR, pois não defendemos a liberdade democrática dos inimigos da liberdade e da democracia – para uma iniciativa conjunta” que não chegou a concretizar-se.

Segundo o diretor de informação, "teriam sido convidados os partidos que concorrem pela primeira vez a eleições europeias e aqueles que obtiveram mais de 1% nas passadas eleições para o Parlamento Europeu". Embora Ricardo Costa se “tenha esforçado por explicar os supostos critérios que levaram à exclusão do MAS", o partido não ficou convencido. 

"(...) A verdade é que o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) concorre pela primeira vez a eleições europeias e foi excluído. Por outro lado, a Coligação Basta não inclui o partido Chega que André Ventura tentou legalizar à última da hora, mas não conseguiu devido a diversas irregularidades e até fraudes no processo. A Coligação Basta é composta por dois partidos que já participaram em anteriores europeias, o PPM e o PPV (agora renomeado PCDC)", queixa-se o MAS. 

"Mesmo que o critério seja excluir aqueles que já concorrem antes e não obtiveram um mínimo de 1%, que é já de si um critério questionável, a verdade é que a SIC não cumpre sequer com os critérios que indica", argumenta, em comunicado. 

Para o MAS, é evidente "a existência de uma aposta" deste canal e do grupo em "determinadas organizações, em particular, a Coligação Basta de André Ventura e o Aliança, que beneficiam de uma mediatização muito superior à dos outros partidos em situação semelhante".

O partido acusa ainda a SIC de usar critérios "nitidamente políticos", que associa a um "cenário de reconfiguração global das direitas". 

"Entre os Salazaristas assumidos do PNR e o mal disfarçado André Ventura, dá foco ao segundo, mais 'viável' eleitoralmente (...) À esquerda, reforça a visibilidade das formações mais moderadas, que não questionam a U.E e Bruxelas, como o Livre e o PAN. Destas apenas o PCTP/MRPP, que tinha de ser incluído para cumprir o suposto critério de uma votação superior a 1%", analisa o MAS, concluindo ainda que as " limitações desta candidatura na área da esquerda radical servem mais os propósitos dos média de descredibilizar as propostas da esquerda anticapitalista do que outra coisa". 

O partido não tem dúvidas de que este episódio "aparentemente inócuo" é apenas "um exemplo de como os grupos de comunicação (...) interferem conscientemente nos processos eleitorais, gerindo a visibilidade que dão (ou retiram) a cada um dos partidos".

Recorde-se que está agendado para o dia 13 deste mês um debate, na RTP, com todas as forças políticas sem representação no Parlamento Europeu. 

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