"Se toda a gente votar amanhã como anunciou, país terá evitado uma crise"
O primeiro-ministro está, esta quinta-feira, na Roménia, a propósito da Cimeira de Sibiu que reúne os chefes de Estado e de Governo da União Europeia, onde aproveitou para afastar o cenário de crise política em Portugal em função da contagem de tempo de serviço dos professores, se todos os partidos mantiverem o sentido de voto que anunciaram.
© Reuters
Política António Costa
O primeiro-ministro mostrou-se esta quinta-feira satisfeito com os recuos do PSD e do CDS relativamente ao sentido de voto referente à lei dos professores.
“Se toda a gente votar amanhã como anunciou que votaria, o país, felizmente, terá evitado uma crise orçamental que poria gravemente em risco a sua credibilidade internacional”, apontou, mostrando não ter dúvidas de que o “gesto que o Governo português tomou [ameaça de demissão] foi muito importante para evitar essa crise” e para “reforçar a credibilidade internacional de Portugal”.
“Foi um ganho imenso que o país teve”, asseverou em declarações aos jornalistas em Sibiu, onde está a propósito da Cimeira que reúne os chefes de Estado e de Governo da União Europeia.
Por outro, questionado sobre a possibilidade de sair de Portugal para ocupar um cargo na Europa, António Costa garantiu: “Não sou candidato a nada a não ser às funções que exerço”, assegurou o líder do Executivo português, certificando ainda estar “concentrado” no seu papel enquanto primeiro-ministro e secretário-geral do PS e lembrando que apresentou uma “agenda para a década” e, por isso, está fora dos seus planos abandonar Portugal.
Embora considere importante dar destaque à voz e ao papel do país no seio europeu, António Costa deixou claro que tal “não passará por desempenhar qualquer função na União Europeia”.
António Costa encontra-se, esta quinta-feira, em Sibiu, na Roménia, para, juntamente com os restantes Chefes de Estado e de Governo da União Europeia, discutir o futuro da Europa que passa pela designação de novos responsáveis para cargos de topo da UE, como são o presidente do Conselho Europeu, o Alto Representante da UE e o presidente da Comissão Europeia – funções desempenhadas atualmente por Donald Tusk, Federica Mogherini e Jean-Claude Juncker, respetivamente.
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