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PSD arriscou "credibilidade europeia" de Portugal por "sede eleitoral"

O cabeça de lista do PS às europeias, Pedro Marques, acusou hoje o PSD de agir com "irresponsabilidade orçamental" na questão da contagem de tempo de serviço dos professores, "apenas por sede eleitoral".

PSD arriscou "credibilidade europeia" de Portugal por "sede eleitoral"
Notícias ao Minuto

16:12 - 07/05/19 por Lusa

Política Eleições

"Fica absolutamente evidente que o PSD meteu o país num grande risco na nossa credibilidade europeia por sede eleitoral e as convicções de Rui Rio cederam claramente ao eleitoralismo do ano em que nos encontramos", afirmou hoje à Lusa.

Um dia depois de o cabeça de lista do PSD ter dito estar "orgulhoso" pela forma como o partido reagiu "à pequena crise do fim de semana", Pedro Marque disse considerar "incrível como é que Paulo Rangel consegue falar de coerência e convicções de Rui Rio e do PSD, a propósito desta irresponsabilidade orçamental".

Para Pedro Marques, os partidos que na quinta-feira fizeram aprovar uma alteração ao decreto do Governo, estipulando a contagem integral do tempo de serviço congelado, se "votaram aquilo que não leram, ou se afinal já mudaram de opinião, recuem e mudem de sentido de voto e acabe esta crise orçamental".

Na semana passada, na comissão de Educação, PSD, CDS-PP, BE e PCP isolaram o PS e aprovaram o princípio de que os professores terão direito à recuperação da totalidade do tempo no período em que houve congelamento.

Perante este passo, o primeiro-ministro, António Costa, numa declaração ao país, na sexta-feira, ameaçou demitir-se caso esse diploma seja aprovado em votação final global, alegando ser "injusto" socialmente e "insustentável" do ponto de vista financeiro.

"As convicções de Rui Rio cederam de modo flagrante na quinta-feira à sede eleitoral. Na sexta-feira depois já dizia que não tinha lido muito bem e depois afinal já tinham lido, mas já iam em recuo acelerado", destacou hoje Pedro Marques, defendendo que foi a ameaça de demissão do primeiro-ministro "que travou o que podia ser uma bomba orçamental de 800 milhões de euros, que só nasceu por razões apenas eleitoralistas da direita portuguesa".

No sábado, a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, e no domingo o líder do PSD, Rui Rio, anunciaram que vão avocar para plenário, imediatamente antes da votação final global, normas condicionantes de ordem económico-financeira à possibilidade de recuperação de tempo de serviço, sem as quais dizem não votar a favor do texto final.

BE e PCP comunicaram que, na votação final global do diploma, irão manter-se a favor da aprovação do conjunto de alterações proveniente da comissão de Educação.

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