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BE. "Hoje o PS decidiu ressuscitar o discurso dos impossíveis"

Catarina Martins diz que o Bloco de Esquerda se vai manter fiel ao acordo que assumiu e que o Governo sempre soube do seu sentido de voto.

BE. "Hoje o PS decidiu ressuscitar o discurso dos impossíveis"

A líder do Bloco de Esquerda reagiu ao anúncio feito esta sexta-feira por António Costa dizendo que é um retrocesso "dispensável", num caminho que se trilhou com a aprovação de quatro orçamentos e vários sucessos no campo da devolução de direitos aos trabalhadores.

“O país foi hoje surpreendido por um ultimato do Governo”, começou por dizer Catarina Martins, recordando que se está no “4.º e último Orçamento do Estado desta legislatura” onde estão consagrados “novos direitos e o reconhecimento de direitos”, sendo que “a reposição de rendimentos é o cimento e o motor das mudanças desta legislatura”.

Recorde-se que o primeiro-ministro afirmou esta sexta-feira que comunicou ao Presidente da República que o Governo se demite caso a contabilização total do tempo de serviço dos professores seja aprovada em votação final global.

“Não há quaisquer sinais de crise no país”, salientou a líder bloquista, que acrescentou que a posição assumida por António Costa vem “introduzir instabilidade política”, algo que lhe parece “dispensável”.

Garantindo que o Bloco de Esquerda votou “como o Governo sempre soube que votaria”, Catarina Martins sublinhou que “hoje o PS decidiu ressuscitar o discurso dos impossíveis”. “Aceitaram acorrer sem limites às fraudes da banca mas não aceitam respeitar quem merece”, atirou, referindo-se aos professores. “Nós não aceitamos o regresso das inevitabilidades”, garantiu.

Catarina Martins acredita, ainda, que esta crise no final da legislatura é “triste e é errado”. “A Direita sempre disse que os acordos à Esquerda seriam um fogacho e que não chegariam ao fim da legislatura. Dar agora a essa mesma Direita o prémio de decidir se a atual solução cumpre ou não a legislatura até ao fim é triste e é errado”, lamentou.

A líder do Bloco de Esquerda relembra que foram aprovados quatro orçamentos, que conseguiram “resultados que os trabalhadores do público e do privado conhecem e sentem”, enumerando, entre outros, o aumento do salário mínimo, o fim da sobretaxa ou a reposição dos feriados.

“Não devemos deitar a toalha ao chão e desistir deste caminho”, afirmou.

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